CRESCIMENTO ACELERADO
Alagoinhas se destaca na geração de empregos
De 2017 a 2023 foram mais de 10,3 mil novos empregos criados e mais de 9,6 mil empresas abertas
Por Da Redação
Eleita em 2022 a 27ª melhor cidade do Brasil e a primeira da Bahia para fazer negócios, pelo Instituto Urban Systems, a cidade de Alagoinhas segue gerando empregos, diversificando a economia e se consolidando como um dos maiores pólos de desenvolvimento do estado.
Com a marca de mais de 10,3 mil novos empregos criados e mais de 9,6 mil empresas abertas de 2017 a 2023, o município estebleceu um recorde , se tornando a administração pública que mais impulsionou a economia do município nos últimos anos.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do DataSebrae. O número é 71,67% superior ao períodfo anterior, de 2009 a 2016, quando o percentual se manteve estagnado, com pouco mais de seis mil empregos criados e 2.011 empresas abertas.
Em 2022, segundo dados do Novo Caged, Alagoinhas alcançou a sexta posição no estado da Bahia com maior saldo de empregos, ficando atrás apenas da capital Salvador, Feira de Santana, Lauro de Freitas, Vitória da Conquista e Camaçari.
Entre os 20 municípios que compõem o Território do Litoral Norte e Agreste Baiano, Alagoinhas desponta em primeiro lugar no saldo de emprego formal em 2023, com 1.313 novas vagas, seguida de Catu (866) e Esplanada (479).
A partir de 2018, com exceção de 2020, no pico da pandemia, o saldo de empregos continuou positivo em Alagoinhas, evidenciando não somente a importância das indústrias, mas também uma nova fase de abertura e diversificação da cadeia econômica com a chegada de grandes franquias.
Além disso, a pujança econômica da cidade também impactou positivamente na expansão de empresas locais. Os números comprovam essa diversificação da cadeia econômica. Em 2023, por exemplo, das novas vagas ofertadas, 620 foram da área de serviços, 352 da agropecuária, 183 da indústria e 160 do setor da construção.
“Esse resultado é fruto de um trabalho sério e de diversas ações e esforços que foram envidados pela gestão municipal nos últimos setes anos e meio para proporcionar um ambiente favorável de negócios e a abertura de novas empresas, que mira não só as grandes indústrias, mas também as possibilidades de geração de emprego e renda em todos os cantos da nossa cidade, seja nos bairros, nas feiras livres, no microempreendedor, nas fazendas, no comércio, abrangendo com isso toda a cadeia produtiva de Alagoinhas. Esse foi o nosso maior triunfo, facilitar, incentivar e impulsionar o desenvolvimento do nosso município através da economia como um todo”, destaca o prefeito Joaquim Neto (PSD).
Logística
Além disso, 18 cidades do estado estão sendo apontadas como potenciais centros de logística, segundo o Plano Estratégico Ferroviário, divulgado recentemente pelo governo baiano através da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI).
O estudo ressalta o papel crucial desses municípios em avançar e se transformar em polos estratégicos de distribuição, impulsionando tanto o mercado estadual quanto o nordestino. A análise, desenvolvida pela Fundação Dom Cabral (FDC) como parte do estudo, destaca Alagoinhas como uma das cidades com alto potencial para se tornar um hub logístico.
“Sabemos que atrair indústrias é muito benéfico, assim como também dar oportunidades a diversos setores econômicos. E foi isso o que a gestão Joaquim Neto fez, facilitou e acelerou a abertura de novos negócios e empresas, tomando medidas que impulsionaram o desenvolvimento do município como um todo, ao contrário da gestão anterior, que focou em apenas um segmento econômico e negligenciou todos os outros. Como demonstração da bem-sucedida política econômica atual é atração de atacadões, que têm o mesmo poder de empregabilidade que uma indústria de cerveja, que requer operações mais complexas e por isso exige uma capacitação e especialização maior, restringindo os altos cargos a pessoas de fora do município”, explanou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (Sedea), Bruno Fagundes.
Capital Estadual da Cerveja
Pela alta qualidade da água, Alagoinhas se destaca no cenário nacional e internacional ao atrair a instalação de indústrias de bebidas, o que a transformou em um polo industrial cervejeiro. A água possui alto teor de pureza, baixa alcalinidade e ph quase neutro.
Tudo teve início em 1996, quando Nelson Schincariol visitou Alagoinhas acompanhado do então prefeito Murilo Cavalcanti. A partir dessa visita, foi dado o primeiro passo para a construção da primeira fábrica de cerveja da região, a Schincariol.
A fábrica foi inaugurada em 1997, já sob a administração do então prefeito João Fiscina, pai da atual deputada estadual e primeira-dama do município, Ludmilla Fiscina (PV). Ludmilla é a autora do projeto de lei que, por meio da Lei Nº 14.628/2023, conferiu a Alagoinhas o título de Capital Estadual da Cerveja.
Posteriormente, veio a fusão da Schincariol com a japonesa Kirin Holdings Company, que virou a Brasil Kirin, adquirida depois pelo grupo Heineken, que atualmente divide o território com o Grupo Petrópolis e mais 30 cervejarias artesanais, além de quatro grandes fábricas de outras bebidas, latas, garrafas, tampas, rótulos e engradados.
No 'boom' das cervejarias, as duas grandes operações da Heineken aconteceram na gestão Joaquim Neto. Primeiro, a fusão que virou a Heineken; segundo, a ampliação da produção e, mais recentemente, o anúncio de investimento no valor de R$ 600 milhões para ampliar a estrutura, melhorar o parque industrial e aumentar a produção de cerveja na cidade.
Além disso, o Grupo Petrópolis ampliou as operações com duas novas linhas de alta produção para garrafas e latas e a produção de refrigerantes. A Ardagh Metal Packaging (AMP) também ampliou a fábrica para a produção de latinhas de alumínio e a Central das Embalagens iniciou a produção de engradados para a Coca-Cola.
Com a lei que tornou Alagoinhas a Capital Estadual da Cerveja, no ano passado, a Prefeitura e a Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA) realizaram a primeira edição do Bahia Beer, festival de cerveja que injetou quase 31 milhões na economia do município.
“O festival já começou com um novo vetor de desenvolvimento regional, o turismo, atraindo visitantes de todos os lugares do Brasil. Além de lazer e diversão, o evento movimentou a rede hoteleira, bares, restaurantes, o comércio local, além de diversos tipos de prestação de serviços. Essa é a Alagoinhas de hoje e a Alagoinhas que nós queremos para o futuro”, projeta o prefeito.
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