QUE PAPELÃO!
Mata de São João paga altos cachês, mas não tem gesso no hospital
Hospital do municípío improvisa em imobilização de fratura e gasta mais de R$ 100 mil com aluguel de luzes
Por Da Redação
Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador, não economizou para promover a festa do santo cujo nome carrega. Serão três dias de festa, de 21 a 23, com atrações das mais renomadas. Só de cachê, serão mais de R$ 2 milhões. Dinheiro que falta na saúde, por exemplo.
Na última terça-feira, um idoso com suspeita de fratura preciso ser imobilizado e, para surpresa dos familiares, uma tala de papelão foi improvisada na perna do paciente. Tudo porque o hospital municipal Eurico Goulart de Freitas não dispõe de um gesseiro.
O paciente conseguiu vaga na regulação e já foi transferido, mas, a população questiona as prioridades do prefeito Bira da Barraca (União Brasil), que tomou posse após a renúncia do ex-prefeito João Gualberto (PSDB).
Além das atrações com cachês robustos, como Adelmário Coelho (R$ 200 mil), Alcymar Monteiro (R$ 250 mil), Tarcísio do Acordeon (R$ 350 mil) e Simone Mendes (R$ 650 mil), sem falar em Iguinho e Lulinha e João Gomes, a prefeitura esbanjou na decoração.
O município está gastando R$ 89 mil com o aluguel de um "varal de luzes", mais R$ 23 mil de mangueiras de led e quase R$ 9 mil com uma fogueira cenográfica. Enquanto isso, a secretária de saúde, Tatiane Rebouças, demitiu os condutores do Samu e ainda não publicou novo edital para seleção dos substitutos.
O que diz a prefeitura
De acordo com a gestão municipal, em nota encaminhada ao Portal A TARDE, o referido paciente exibido na foto foi socorrido através do serviço de Móvel de Emergência (SAMU), no dia 10/06/2024 por volta das 4h10 da manhã na sede do município. O paciente caiu e fraturou a tíbia, uma fratura fechada, e possuia histórico de alcoolemia e comportamento inquieto durante o atendimento.
A equipe do Samu resolveu imobilizar a perna do paciente ainda no local do ocorrido, após já imobilizado o paciente foi conduzido até o Hospital Municipal, onde de imediato foi constatado a fratura e inserido em fila zero da regulação para uma Unidade de referência em traumatologia.
Paciente foi regulado para procedimento cirúrgico ortopédico. A prefeitura ressalta que procedimentos com uso de gesso são realizados na Policlínica Municipal sob supervisão do Ortopedista da Unidade, o que não ocorreu uma vez que o paciente precisava realizar uma cirurgia.
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