Feira de Santana registra caso ativo de meningite meningocócica

Um caso ativo de meningite meningocócica foi divulgado pela Secretaria de Saúde de Feira de Santana neste domingo, 18. A notificação também foi confirmada pela Secretária de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O paciente, de 41 anos, está internado no Hospital Geral Clériston Andrade desde o último sábado, 17.

Segundo a coordenadora da Vigilância, Carlita Correia, os casos de meningite meningocócica (bacteriana) podem ter uma evolução muito rápida, levando à morte. “Nós já identificamos todos os contatos domiciliados, a quimioprofilaxia já está sendo disponibilizada, e essas pessoas permaneceram sob vigilância e monitoramento da equipe de referência da vigilância epidemiológica”, explicou.

Causada pela bactéria Neisseria meningitidis, a doença pode provocar a infecção das membranas que recobrem o cérebro, além de, na forma mais grave, atingir a corrente sanguínea e, consequentemente, causar uma infecção generalizada.

Os principais sintomas da meningite bacteriana costumam aparecer em pouco tempo. Entre eles estão: febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade de encostar o queixo no peito, manchas avermelhadas espalhadas pelo corpo (em alguns casos).

Em bebês, os sintomas mais comuns são: moleira tensa ou elevada, gemido quando tocado, inquietação com choro agudo e rigidez corporal com movimentos involuntários, ou corpo mole.

Diferente da meningite viral, a meningocócica pode ser prevenida através da vacinação. Conforme a Sesab, duas vacinas são oferecidas nos postos de saúde, a meningocócica tipo C (conjugada) e a ACWY. A conjugada para pessoas de 1 ano de idade até 19 anos. Já a ACWY estará disponível na rede pública, até junho de 2023, para os adolescentes de 11 a 14 anos.

O público-alvo foi expandido depois de um aumento de casos da forma bacteriana no estado. Até setembro, houve um aumento de registros de 136%, o maior do Brasil. O estado é seguido por Espírito Santo (103,6%), Rio de Janeiro (55,5%) e Minas Gerais (1,31%). Os dados levam em conta uma comparação com o ano de 2021.