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Investigadora é desacatada durante plantão: "me chamou de otária"

Servidora registrou Boletim de Ocorrência na 1° Delegacia Territorial de Jequié

Publicado terça-feira, 27 de junho de 2023 às 10:13 h | Atualizado em 27/06/2023, 10:18 | Autor: Da Redação
Daniela Viana (centro) fez denúncia após sofrer desacato
Daniela Viana (centro) fez denúncia após sofrer desacato -

Uma investigadora da Polícia Civil da Bahia, identificada como Daniela Viana, afirma ter sofrido desacato policial, agressão física e verbal da presidente da Associação Casa das Mulheres, a Elma Brito. O fato foi registrado no  último dia 24, durante o trabalho feito pela servidora no São João de Jequié. Ela tornou o caso público nesta terça-feira, 27.

A presidente da associação  insistiu em permanecer na 9ª Coorpin de Jequié com um professor que foi preso em flagrante por ter urinado na rua, segundo informação da PC. Como ela não fazia parte da ocorrência, a investigadora  solicitou que a mesma se retirasse da sala de registro da ocorrência.

 Por não aceitar a ordem,  Elma Brito passou a proferir ofensas contra a servidora, a exemplo de  "otária", chegando a empurrar a mesma, além de colocar o dedo no seu rosto. A conduta é tipificada no Código Penal brasileiro como desacato, artigo 331, que prevê pena de detenção de seis meses a dois anos, ou multa.

 “Solicitei da autoridade Policial de plantão, a DPC Eliana Castro, e da Coordenadora do Plantão, a DPC Ana Beatriz, para que fosse realizado o flagrante de Elma Brito pelo crime de desacato, mas negaram a autorização para o registro do Boletim de Ocorrência, sob alegação de que não havia ninguém para registrar o BO”, diz Daniela. 

A investigadora ainda denuncia que a delegada a mandou "parar de show” e negligenciou o registro do fato. Ela teria dito que  “não tomaria qualquer providência naquele momento porque é amiga pessoal de Elma Brito, e disse ainda para a DPC Eliana para não se meter na situação, pois ali era briga de gente importante e que era para a mesma encaminhar a ocorrência para o coordenador regional e isso tudo foi dito em tom de voz alto que permitia que outras pessoas escutassem", relata.

Em contato com o Portal A TARDE, o Sindpoc disse que solicitou das autoridades competentes as devidas providências e que os supostos responsáveis pelos atos sejam responsabilizados. O Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia ainda pede que seja realizada uma devida apuração sobre os fatos relatados pela investigadora de Polícia Civil.

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