CRESCIMENTO
Brasil quer posicionar algodão como líder no mercado de fibras têxteis
Além dos atributos de sustentabilidade, especialistas falam em compromisso com melhoria contínua do produto
Por Rodrigo Tardio
Dez países compõem a lista de mercado de prioridade do Brasil, e representam 95% das nossas exportações no quesito algodão. Entre eles Cingapura, no Sudeste Asiático, país com 5 milhões de habitantes, um dos principais centros logísticos e financeiros da Ásia e do mundo.
O Brasil é reconhecido pela credibilidade que o algodão vem conquistando, assim como sustentabilidade, rastreabilidade e constância na oferta. Sendo assim, a safra 2023, que está sendo colhida 2024, bateu recorde pelo segundo ano consecutivo com 3, 7 toneladas, fruto da alta qualidade do produto.
"O nosso excedente tem que ser exportado e isso por vezes se torna difícil. Há 20 anos atrás os EUA exportavam 10 vezes mais algodão que o Brasil, sendo que antes da safra 2023/2024 isso foi alcançado". O resultado é digno de aplausos para os envolvidos", disse Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) durante o "Dia do Algodão da Abapa 2024", realizado neste sábado, 20, em Luis Eduardo Magalhães, oeste da Bahia.
O oeste da Bahia tem contribuído para este crescimento, já que a área plantada é de 344,4 mil hectares, 9,3% a mais de área em relação à safra passada, que cultivou 312.560,3 hectares. Do total, 96.943 mil hectares são irrigados, o que compreende 28,1% da safra baiana.
Para auxiliar na exportação, um ponto fundamental é a capacidade de escoamento da produção, que é a capacidade para transportar a demanda. Sendo assim, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) criou, em 2013, o projeto "Patrulha Mecanizada", que vem revolucionando a logística e contribui para a sustentabilidade da cotonicultura e do agro. A iniciativa partiu dos agricultores sem esquecer os conceitos de sustentabilidade: ambiental, social e econômico.
"As atuações são nas questões regionais. Temos muitas estradas vicinais e essa união com poder públicos, produtores, governo do Estado e Aìba vem trazendo resultados. É uma ação conjunta que a gente constrói esse direcionamento para entregarmos os resultados, explicou o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.
No evento foram discutidos assuntos ainda como: Fitossanidade, sustentabilidade e os resultados do setor.
Nossa tarefa de casa é ser cada vez mais competitivo. As projeções para os próximos 10 anos são animadoras e provavelmente vamos ter cada vez menos gente comprando e nossa potencial exportação vai ser para os países asiáticos, como: China, Bangladesh e Vietnã", finalizou o professor Marcos Fava Neves, fundador Harven Agribusiness School.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes