OESTE DA BAHIA
Coaceral: demora da Justiça causa clima de insegurança na região
Produtores rurais de Formosa do Rio Preto alegam estar sob ameaça de grupo que ocupou terras no local
Por Da Redação
Agricultores da região do Coaceral, em Formosa do Rio Preto, no Oeste da Bahia, vive um clima de insegurança diante da indefinição da Justiça a respeito da posse de terras na localidade, aponta matéria publicada no site “Política Livre”.
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) recebeu uma denúncia da Associação dos Produtores Rurais da Chapada das Mangabeiras (Aprochama) a respeito da invasão da fazenda de um produtor no início deste mês.
Na última semana, no dia 24, a Associação fez uma outra denúncia com registro na Polícia Federal sobre novas invasões pelo mesmo grupo, que atua com a participação de homens armados como demonstração de força para ocupar as terras na região. Além disso, segundo a denúncia, os invasores fazem uso de uma operação de “desmatamento correntão”, um dos mais danosos métodos de desmatamento no país.
Ainda de acordo com o “Política Livre”, o acusado de invadir as terras seria um dos investigados na Operação Faroeste, uma apuração do Ministério Público Federal e da Polícia Federal sobre compra e venda de decisões judiciais para grilagem de terras no Oeste da Bahia.
No início de maio, como traz o site, a Primeira Câmara Cível do TJBA levou a julgamento pedido de agricultores para que a Corte esclarecesse sobre a posse de 366 mil hectares na Coaceral está formalmente com os produtores ou com o grupo de José Valter Dias e do suposto cônsul da Guiné Bissau Adailton Maturino, investigados na Operação Faroeste.
Ao “Política Livre”, os produtores disseram que a Primeira Câmara Cível do TJBA não deu um retorno sobre o questionamento da Aprochama.
“Agora, poucos dias após o julgamento objeto dos presentes embargos, [o acusado], réu na Operação Faroeste por ser um dos principais financiadores de José Valter Dias, invadiu, sob o manto da omissão do Tribunal, mais uma fazenda na região da Coaceral”, aponta trecho da requisição da Associação ao qual o site teve acesso.
Os advogados da Aprochama dizem que os produtores que fizeram a denúncia estão sendo ameaçados e pedem providências e celeridade da Justiça sobre a demanda da região do Coaceral. O que está em jogo é a disputa de um montante de terras que equivale a cinco vezes o tamanho da cidade de Salvador.
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