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Justiça recebe denúncia do MP contra quatro integrantes de milícia

Homens foram denunciados por associação criminosa e construção de milícia na Bahia

Publicado quinta-feira, 20 de abril de 2023 às 17:52 h | Atualizado em 20/04/2023, 18:21 | Autor: Da Redação
Famílias residem há pelo menos cinco gerações na comunidade e sofrem, desde 2016, atos intimidatórios contra a posse tradicional da terra
Famílias residem há pelo menos cinco gerações na comunidade e sofrem, desde 2016, atos intimidatórios contra a posse tradicional da terra -

Plauto Sanches Flores Filho, Marcelo Gonçalo Dantas, Bruno de Jesus Silva e Sidnei de Jesus Viana foram denunciados pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) pelos crimes de associação criminosa, construção de milícia privada, dano qualificado e ameaça. 

A denúncia, recebida no dia 14 de abril pela Vara Criminal de Santa Maria da Vitória, conta que no dia 14 de julho de 2022, na região do Destocado, zona rural de Santa Maria da Vitória, os quatro denunciados invadiram a comunidade tradicional Fecho de Pasto do Destocado e, “com o objetivo de lesão possessória por meio de violência” provocaram incêndio na comunidade, colocando em risco a vida e o patrimônio dos seus integrantes.

A peça acusatória revela que os denunciados já haviam ameaçado, no dia 9, os habitantes do povoado, com os quais o denunciado Plauto Sanches e sua família “viriam travando, desde o ano de 2016, conflitos territoriais”. A denúncia relata que, no dia das ameaças, o grupo, que estava armado, abordou integrantes da comunidade e “estabeleceu um prazo final para que eles e sua família desocupassem a área, sob pena de morte do gado dos integrantes da comunidade e queima das casas e ranchos do povoado”. No dia 14, “cumprindo a ameaça feita no dia 9, o grupo incendiou as moradias do povoado, inclusive com moradores dentro das casas, e derrubou o galpão da comunidade”.

As investigações realizadas pelo MP constataram que, “pelo menos a partir do dia 9 de julho de 2022, os denunciados, valendo-se de armas de fogo, associaram-se com o fim específico de cometer crimes, notadamente contra os integrantes da comunidade Fecho de Pasto do Destocado”.

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