DESCASO
Feirantes relatam prejuízos em mercado municipal de Simões Filho
Comerciantes do mercado Jeovah Jireh, reclamam do baixo movimento e falta de atenção da Prefeitura
Por Rodrigo Tardio
Sentimento de revolta. Esse é o relato que parte da população de Simões Filho tem expressado após uma decisão da atual gestão municipal que realocou os comerciantes da área do Centro da cidade no mercado municipal, batizado de Jeovah Jireh.
À epóca, o prefeito Dinha Tolentino (MDB) justificou que a medida passaria pela necessidade de "reorganizar e reordenar a região do Centro"e que portanto os comerciantes seriam transferidos para o novo Complexo Municipal de Abastecimentos e Serviços que, poucos meses após sua inauguração, já se encontra em situação precária.
A equipe do Portal A TARDE esteve em Simões Filho, onde constatou a insatisfação dos feirantes do local, que reclamam da falta de movimento por parte dos clientes, sobretudo pela dificuldade de mobilidade na região.
"Praticamente não vem ninguém aqui nesse local. Estou com minha situação financeira totalmente prejudicada após essa mudança. Já tentei diálogo com a gestão e até agora não tomaram providências", disse.
Em alguns casos, os comerciantes precisam descartar os produtos, já que com a baixa vendagem, ficam inapropriados para consumo.
"Quando a gente ficava na feira que tinha em um terreno aqui da cidade, que é mais fácil de ser acessada, a gente vendia muito mais. Aqui não vem ninguém e estamos com um grande prejuízo", disse D. Izalina, dona de uma banca de verduras e legumes.
"Temos muita vezes que jogar coisa fora, pois apodrece e ninguém vai querer comprar. E quem paga esse prejuízo?", questionou outra permissionária que não quis se identificar.
Falta de equipamentos
No setor de pescados, a queixa é ainda maior. Além das baixas vendas, os comerciantes não conseguem armazenar os produtos de forma adequada, já que a projeção dos boxes impede a instalação de equipamentos de refrigeração.
"O espaço foi mal feito e nem um freezer cabe aqui dentro. Temos que ficar comprando gelo todo dia para que os produtos não estraguem", disse um permissionário do local.
Outro fato que deixa os comerciantes irritados é o problema relacionado a energia elétrica. O quadro com os equipamentos para ligação da luz foi reprovado pela Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba). Sendo assim, a gestão precisou alugar um gerador para garantir a energia no espaço, além de precisar abastecer o equipamento diariamente com óleo diesel, o que onera ainda mais os cofres públicos.
(ESPAÇO PARA RESPOSTA DA PREFEITURA)
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