Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > portalmunicipios > METROPOLITANA
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
19/10/2020 às 8:14 • Atualizada em 19/10/2020 às 9:04 | Autor: Da Redação

METROPOLITANA

Justiça obriga reintegração de área da Marinha ocupada pelo Quilombo Rio dos Macacos

O território fica na região entre Salvador e Simões Filho | Foto: Divulgação
O território fica na região entre Salvador e Simões Filho | Foto: Divulgação -

A Justiça baiana concedeu uma liminar favorável à Marinha para reintegração de posse de um terreno ocupado irregularmente pelo Quilombo Rio dos Macacos nos dias 10, 14 e 16 deste mês. O local fica na região limítrofe entre Salvador e Simões Filho. Neste domingo, 18, um grupo de quilombolas protestou após a liminar ter sido apresentada à comunidade por um oficial de Justiça.

Toda movimentação foi transmitida pela internet, por meio de lives. As imagens registradas, no sábado, 17, mostram o momento em que o oficial de Justiça chega no trecho da barragem para instalar uma placa infomando a decisão judicial, enquanto alguns moradores do quilombo pescam no rio. O embate continuou ontem, com os remanescentes pedindo - ao vivo - a presença de representantes do Ministério Público.

Em nota, a Marinha informou que o local pertence à União e não faz parte da área titulada em favor do Quilombo Rio dos Macacos, ocorrida no mês de julho. A reintegração foi determinada por uma juíza plantonista da Justiça Federal. No documento, a magistrada concedeu o pedido de uso de força policial para que a ordem seja cumprida. A fixação de um aviso no local sobre a decisão também foi autorizada pela magistrada.

A decisão judicial foi questionada pelos quilombolas, que afirmam ser o rio a única fonte de água usada pela comunidade. "A água é um direito universal de todo ser humano. A Marinha não manda em água não. A água foi Deus quem deu para todo ser humano. A Marinha quer segregar a água que Deus deu para todo mundo. Ela quer ser dona de tudo, mas não é dona não. Os donos somos todos nós. Se é direito da Marinha, é direito nosso. É direito compartilhado", disse um dos moradores no protesto.

Conflito

A disputa pelo território entre o Quilombo Rio dos Macacos e a Marinha começou em meados de 1970. O conflito começou depois que a Base Naval de Aratu foi construída e a União pediu a desocupação da área pelos quilombolas. Em meio à batalha judicial e entre tentativas de desapropriação, no ano de 2009, os quilombolas pediram uma intervenção do Ministério Público Federal (MPF) para provar que eles são remanescentes de povos escravizados e, portanto, tinham o direito de posse das terras.

Em 2012, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) classificou a terra do Rio dos Macacos como uma área quilombola. Um relatório técnico foi emitido constatando que a comunidade era centenária e estava no local antes da chegada da Marinha. As terras foram tituladas para as famílias quilombolas em julho de 2020.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Cidadão Repórter

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Publicações Relacionadas

A tarde play
O território fica na região entre Salvador e Simões Filho | Foto: Divulgação
Play

Prefeito de Vera Cruz diz que Nego da Coroa formou "combo do atraso"

O território fica na região entre Salvador e Simões Filho | Foto: Divulgação
Play

Associação rejeita eleições. Denúncia aponta venda ilegal de lotes

O território fica na região entre Salvador e Simões Filho | Foto: Divulgação
Play

Prefeitura de Mata de São João destrói moradias em Imbassaí. Veja vídeo.

O território fica na região entre Salvador e Simões Filho | Foto: Divulgação
Play

Estacionamento irregular gera risco no Litoral Norte

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA O CARRASCO POLÍTICA