Monte Gordo: mulheres recebem capacitação em artesanato | A TARDE
Atarde > Portal Municípios > Metropolitana

Monte Gordo: mulheres recebem capacitação em artesanato

Produtos vão poder ser vendidos nas lojas do Centro Público de Economia Solidária

Publicado quarta-feira, 27 de abril de 2022 às 16:14 h | Atualizado em 29/04/2022, 14:50 | Autor: Da Redação
Participantes vão aprender também sobre economia solidária, entre outros segmentos
Participantes vão aprender também sobre economia solidária, entre outros segmentos -

Um projeto social na área rural de Monte Gordo, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, vai capacitar mulheres com foco no Reaproveitamento Artesanal de Junco, ensinando o benefício da vegetação, que é extraída das lagoas da região, além do tratamento, confecção do artesanato, design dos produtos e acompanhamento do grupo produtivo. 

O projeto é ministrado pelo Movimento Onda Limpa em Cancelas, com o investimento da Alphaville Urbanismo, principal urbanizadora do país.

Com o ensinamento do ofício e, consequentemente, gerando oportunidade de renda ao grupo, uma companhia firmou parceria com o Movimento Onda Limpa e com o Centro Público de Economia Solidária (Cesol). A entidade vai acompanhar o grupo e ajudará no aperfeiçoamento, especialmente no ensino teórico, e futuramente auxiliará na comercialização dos produtos. Com isso, o artesanato preparado poderá ser vendido nas lojas da CESOL em shoppings e feiras de Salvador e Região Metropolitana.

“A proposta de lançar um projeto como este surgiu com objetivo de gerar oportunidades de renda para um grupo de mulheres de uma zona carente. Algumas das participantes já são artesãs e agricultoras, mas nenhuma delas utilizavam o junco para fins artísticos. A proposta também está baseada em resgatar a cultura local, uma vez que, antigamente, essa vegetação era muito utilizada na região para confecção de artesanatos. Podemos afirmar que, atualmente, os resultados são bem satisfatórios e elas estão empolgadas com o projeto“, afirma Pérola de Souza Veiga, engenheira ambiental da obra do Alphaville Guarajuba.

O artesanato feito a partir das fibras do junco já foi muito popular no passado, especialmente na década de 70. As plantas atingem em torno de 1,50 de altura, no entanto, apenas 10% são aproveitados para o artesanato após o processo de secagem. Posteriormente, o vegetal é separado para o processo de tear, em que ele é penteado e aparado nas extremidades. A partir disso, é possível manuseá-lo para decorar ambientes e criar diversos objetos, tais como carteiras, bolsas, vasos e outros itens decorativos. 

As oficinas para a criação desses objetos estão sendo realizadas na Associação de Agricultores e Piscicultores de Cancelas, e tiveram início em novembro de 2021. A previsão de encerramento é junho deste ano, quando completará 128 horas de duração. O programa é dividido por fases, que vão desde a capacitação técnica para o aproveitamento do junco e design de produtos, até prospecção, controle de qualidade e engajamento do grupo produtivo. 

Além disso, o projeto vai além do ensino do ofício. As participantes aprenderão sobre: economia solidária, que propõe colaboração e solidariedade para que as relações entre empresas e pessoas possam ser mais justas dos pontos de vista econômico e social; economia circular, que se baseia em um melhor desenvolvimento econômico a partir do aproveitamento dos recursos naturais locais; além do empreendedorismo feminino e social, responsabilidade cidadã e manejo sustentável.

A ação também faz parte de uma tentativa de resgate da tradição e cultura local. 

Publicações relacionadas

MAIS LIDAS