INCONSTITUCIONAL
Prefeito de Simões Filho é acusado de intolerância religiosa
Permissionários dizem que prefeito teria usado "crença pessoal" para decisão
Por Rodrigo Tardio
Após dois anos em reforma, o Mercado Municipal de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador, volta a funcionar em meio a uma polêmica. Permissionários que teriam ficado "fora" do novo espaço, denunciam o prefeito Diógenes Tolentino (Dinha) (MDB) após o gestor "rebatizar" o local com o nome "Jeová Jireh".
De acordo com os antigos permissionários, o prefeito teria usado da "crença pessoal" para decidir a mudança na nomenclatura.
Outra queixa é a dos antigos permissionários, atualmente sem a renovação da continuidade de explorar o espaço, já que, de acordo com eles, não tiveram a nova permissão por "comercializarem produtos de uso das religiões de matriz africana", como folhas e outros insumos.
"Não há justificativa para alguns permissionários ficarem de fora. Os que foram atingidos são justamente aqueles que comercializavam produtos das religiões de matriz africana. Um total desrespeito ao povo de santo", disse um dos permissionários que não quis se identificar.
É bom lembrar que, de acordo com a Constituição de 1988, o Estado Brasileiro é laico/secular, onde o poder do Estado é oficialmente imparcial em relação às questões religiosas, não apoiando nem se opondo a nenhuma religião.
A Câmara de Vereadores da cidade já havia, inclusive, aprovado o Projeto de Lei, para que o nome do Mercado Municipal, homenageasse José Décio de Andrade, pai do vereador Adailton Caçambeiro (PSDB).
O Portal A TARDE entrou em contato com a Prefeitura, porém não obtivemos resposta.
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