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Jundiaí é segunda melhor cidade para viver no Brasil

Publicado sábado, 10 de abril de 2021 às 07:30 h | Autor: Miriam Hermes
Vista aérea da cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo | Foto: Prefeitura de Jundiaí | Divulgação | 27.1.2019
Vista aérea da cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo | Foto: Prefeitura de Jundiaí | Divulgação | 27.1.2019 -

O foco principal é o ser humano, dentro da perspectiva da criança”, disse o prefeito de Jundiaí (SP), Luiz Fernando Machado (PSDB), ao definir a sua filosofia de trabalho frente à gestão do município.

Os índices apontam a cidade como segunda melhor do Brasil para se viver, conforme pesquisa anual da Macroplan, empresa especializada neste tipo de levantamento.

O estudo indica que Jundiaí está no topo nacional do Índice de Desafios da Gestão Municipal (IDGM), também como melhor cidade para viver em São Paulo. Na pesquisa divulgada em março, Maringá (PR) ficou classificado em primeiro lugar entre os municípios brasileiros.

Jundiaí se destaca também no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR), lançado no mês passado (março), com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Organização das Nações Unidas (ONU), entre as cidades do Brasil com mais de 350 mil habitantes.

Para Luiz Fernando, reeleito em 2020, os bons indicadores são resultado não só dos últimos quatro anos, mas de uma sequência de administrações que respeitaram os programas em andamento nas gestões anteriores, mesmo que não representassem uma continuidade de grupo político.

Qualidade dos serviços

Isso permitiu avanços seguros em todas as áreas, “valorizando os recursos existentes e elevando a qualidade dos serviços ofertados”, afirmou, salientando como exemplo que, com mais de 420 mil habitantes (IBGE 2020), a cidade tem 99,1% e 98,2% das construções atendidas pela distribuição de água potável e serviço de esgotamento sanitário, respectivamente.

Olhar a cidade como um todo visando sua sustentabilidade e mudar a forma da população enxergar a estrutura administrativa foi um dos desafios implementados na sua administração.

“Tiramos a figura das secretarias no atendimento ao público e implantamos Unidades de Gestão”, enfatizou, destacando que a dinâmica é organizar as estruturas visando o bem-estar do cidadão de forma integrada, agregando os serviços complementares entre si.

Já em 2019 o município, que além de empresas brasileiras abriga 160 multinacionais de 25 nacionalidades, obtinha reconhecimento internacional ao ser classificado como melhor cidade do Brasil e terceira melhor das Américas para receber investimentos no quesito custo-benefício.

O ranking da FDI American Cities of the Future 2019/2020, do grupo britânico Financial Times, apurou os dados de cidades de porte médio com população acima de 350 mil habitantes. Este e outros indicadores tem atraído gestores públicos de diversos estados e outros países para conhecer os detalhes da dinâmica administrativa de Jundiaí.

Formado em direito, Luiz Fernando Machado está no seu 8º mandato eletivo e não esconde sua convicção da importância de concentrar esforços para assegurar uma ‘primeira infância’ adequada à população, tanto que tem especialização nesta área e cursos em direito público e desenvolvimento humano, dentre outros.

“Nossa gestão tem como princípio que uma cidade ideal para as crianças é boa também para todos os demais cidadãos”, explicou, acrescentando que os projetos de todas as áreas tem a infância como figura principal. “Olhamos a cidade a partir dos 95 cm de altura, que é a média da perspectiva que uma criança tem do mundo à sua volta”, salientou o prefeito.

O trabalho desenvolvido com o público infantil rendeu à Jundiaí o título de referência no Brasil pela rede mundial de Cidades das Crianças, composta por mais de 200 municípios de vários países. Para isso criou, entre outros serviços específicos, o Comitê das Crianças, onde efetivamente elas têm suas opiniões ouvidas e atendidas.

Em 7º lugar na economia paulista e a 17ª economia nacional, a preocupação com a infância projeta a cidade no meio internacional através das inovações implementadas. “Tivemos uma drástica redução da mortalidade infantil, que está em 7,23 a cada mil nascidos vivos”, asseverou. A média nacional é entre 12 a 14 óbitos a cada mil nascidos vivos.

Para o prefeito, as práticas focadas na infância miram não só as famílias, mas o futuro do município, que adota uma série de programas especiais para este público. Um dos investimentos que está ganhando repercussão é o ‘Mundo das Crianças’, inaugurado recentemente.

O espaço é uma praça de lazer e de aprendizados fundamentais para o ser humano, como a valorização dos recursos naturais e a importância da sustentabilidade para a manutenção de vida saudável no planeta.

Criança e natureza

Na educação, de maneira específica, o município voltou às aulas presenciais dia 1º de fevereiro e segue as experiências de um modelo que favorece o contato das crianças com a natureza.

O método faz parte de um movimento que está crescendo também em outras cidades do Brasil e do mundo, notadamente na Europa, voltado para interação dos alunos com espaços ao ar livre.

Para efetivar o ‘desemparedamento’ da educação, o município mantém parcerias com o Instituto Alana e as Fundações Bernard van Leer e Maria Cecilia Souto Vidigal, além de participar de iniciativas internacionais como o Urban95 e a rede Latino-americana Cidade das Crianças, todos em favor de uma formação mais completa do que o tradicional ensino praticado na maioria das cidades.

Os resultados do trabalho municipal, focados grande parte na primeira infância dentro da premissa que os primeiros mil dias de vida de uma pessoa são determinantes para toda sua vida, são percebidos também no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), onde o município alcançou média de 7,1 em 2018 e 7,7 em 2019.

Municipalista por convicção, o prefeito enfatizou a importância das gestões municipais na vida das pessoas, “porque nem presidente, nem governador estão lá para solucionar os problemas do dia a dia. Depende das cidades o desenvolvimento do país”, declarou.

Outro diferencial levado a sério na cidade é a participação das comunidades nos Planos de Bairros, com consulta sobre ações e obras que gostariam de ter nas suas localidades. A ideia é transformar os moradores em aliados do processo e desenvolver o sentimento de proatividade e pertencimento nos cidadãos de todas as idades.

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