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Prefeito de Acajutiba e policial militar são investigados pelo TJ-BA em assassinato

Publicado terça-feira, 25 de agosto de 2020 às 08:30 h | Atualizado em 25/08/2020, 08:50 | Autor: Da Redação
Alex Freitas é acusado de envolvimento na morte de André Santos de Souza, que era opositor à sua gestão.
Alex Freitas é acusado de envolvimento na morte de André Santos de Souza, que era opositor à sua gestão. -

O prefeito de Acajutiba, Alex Freitas, e o policial militar Fábio Barbosa Cunha, que atua no município, tiveram os sigilos telefônicos quebrados em decisão pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Os dois são acusados de envolvimento na morte de André Santos de Souza, que era opositor à gestão de Alex Freitas.

A decisão do desembargador Luiz Fernando Lima ocorreu após pedido da delegacia local, na sexta-feira (21). O magistrado deu 24 horas para as operadoras TIM, Vivo, Oi e Claro liberarem os áudios e mensagens do período entre 1° de janeiro e 21 de junho passado, um dia após o assassinato de André Santos Souza.

O desembargador ainda intimou a representação do aplicativo WhatsApp no país para fornecer em 48h logs de acesso dos últimos dois meses dos acusados. As operadoras de telefone também terão que interromper por 24h mensagens pelo WhatsApp dos investigados. O  sigilo de outras oito pessoas, incluindo o da vítima, também foi quebrado, incluindo o da vítima, como parte da investigação.

 No começo da noite do dia 20 de junho, André Santos de Souza conversava com o pai em uma rua, perto da casa onde morava. Ele se afastou para atender um telefone. No momento, dois homens a bordo de uma motocicleta se aproximaram, um deles sacou uma arma e disparou várias vezes. Após os tiros, a dupla fugiu. A ação durou segundos. De acordo com as investigações, Alex Freitas é suspeito de ser o mandante do crime.

Nenhum pertence foi tirado da vítima, o que descartou a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). A investigação, conduzida pelo delegado Jorge Figueiredo, apontava claros sinais de “execução”. Antes do homicídio, André Santos de Souza relatava ameaças de morte. Segundo ele, no dia 4 de junho sofreu ameaça de um segurança da empresa Gold, que presta serviço para a prefeitura.

O proprietário da empresa de segurança, o policial Fábio Barbosa Cunha, teve também o sigilo telefônico quebrado. O PM é suspeito de liderar um grupo de extermínio que age na região. Antes do dia do crime, André chegou a dizer, em vídeo, que muitos assassinatos aconteciam na cidade e, se algum crime ocorresse contra o próprio, estaria ligado ao prefeito Alex Freitas.

 De acordo com o Bahia Notícias, as tentativas de falar com Alex Freitas foram frustradas, porque o número de celular que consta no processo como o do prefeito estava desligado e no telefone institucional da prefeitura não houve resposta. 

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