Justiça determina prisão de presidente da Câmara de Ilhéus
A ordem foi expedida no sábado pelo juiz da Vara da Fazenda Pública da cidade
![Vereador Abraão teve prisão decretada pelo juiz da Vara da Fazenda Pública de Ilhéus, no sábado](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1220000/724x500/Artigo-Destaque_01224407_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1220000%2FArtigo-Destaque_01224407_00.jpg%3Fxid%3D5768587%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1719364505&xid=5768587)
O presidente da Câmara Municipal de Ilhéus, o vereador Abraão (PDT), teve sua prisão decretada pelo juiz da Vara da Fazenda Pública da cidade, Alex Vinicius, pelo crime de falsidade ideológica em documento público. A decisão foi expedida na noite de sábado, 1, após inspeção judicial que constatou uma dedetização irregular no prédio da Casa Legislativa. A informação é do site Políticos do Sul da Bahia.
Segundo a publicação, Abraão fechou a Câmara alegando a necessidade de dedetização, com isso a mesa diretora não cumpriu decisão judicial que determinava a suspensão da eleição da atual mesa diretora, realizada em dezembro de 2022.
Conforme a Justiça, ficou constatado que, ao contrário do que foi comunicado pela mesa diretora, a dedetização foi iniciada na Câmara apenas às 11h40 do sábado.
“A inspeção constatou que não foi realizada nenhuma “dedetização” na data de ontem, 31/03/2023; portanto, o serviço público da Câmara teve o expediente suspenso por nenhum motivo razoável/plausível. A suposta empresa de “dedetização” chegou, hoje, 1/04/2023, por volta das 11h e 20 min, terminando o serviço cerca de 20 min após. Ou seja, cerca de 20 (vinte) minutos antes da chegada desse Magistrado, como determinado no despacho de id no 378950129”, sinaliza o juiz.
O proprietário da empresa dedetização ainda informou que não realizava o serviço no local há mais de cinco anos. O juiz salientou que o edil trouxe uma série de danos à sociedade. "obstrução da justiça agindo com deslealdade processual, pagamento de remuneração a servidores sem a contrapartida da prestação do serviço; prejuízo à comunidade local com o fechamento de um serviço público; gasto público sem o correspondente processo de pagamento e colocação em perigo da saúde das pessoas, 'dedetizando' um prédio sem qualquer tipo de cautela e sem ter conhecimento de que tipo de produto foi usado”.
O Portal A TARDE entrou em contato com a Polícia Civil que informou que "até o momento não houve prisão relacionada ao fato. A 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Ilhéus) investiga o caso".
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