Nova Viçosa: radialista alega perseguição da gestão e acusa deputado

O radialista Bernardo Pepe, âncora da Transviçosa FM, denunciou a prefeita de Nova Viçosa, extremo sul da Bahia, após a prefeita exonerar a esposa do apresentador das funções na Saúde do município. Pepe fez ainda graves denúncias, ao vivo, durante o programa da emissora, contra o deputado estadual Carlos Robson Rodrigues da Silva, Robinho, (PP).

De acordo com o radialista, após uma "simples crítica" contra a demolição do espólio do artista polonês, Frans Krajcberg, ocorrida nesta quarta-feira, 10, a mando da gestão da prefeita Luciana Sousa Machado Rodrigues (PP), a esposa foi "exonerada" da Prefeitura. Pepe afirma que a decisão não passa de uma "perseguição pessoal".

"Fiz uma leve crítica sobre a demolição de um patrimônio histórico importante e como retaliação foram descontar em minha esposa", disse.

Pepe fez ainda duras críticas em relação a diversas mazelas municipais, como as "caronas da prefeita" em anunciar ser idealizadora de obras de gestões passadas, as quais, de acordo com ele, foram investidos R$ 19 milhões, além de criticar duramente o deputado Robinho (PP), que é esposo de Luciana Machado, prefeita de Nova Viçosa, ao lembrar que o parlamentar teria feito "propostas indecentes" as quais o apresentador não teria aceitado.

"Eu não esqueço quando o deputado Robinho me propôs depositar dinheiro na minha conta sem que eu trabalhasse. Eu nunca quis ser laranja", relembrou.

Além disso, o apresentador afirmou que o deputado fez "falcatruas" com cestas básicas distribuídas ao município.

"Ele deve lembrar quando o município recebeu cestas básicas com etiquetas do governo do estado e armazenou tudo em uma pousada que não vou dizer o nome. Depois mandou colocar etiquetas do município para fazer campanha à época".

Pepe finaliza dizendo que é um homem "destemido" e vai continuar denunciando a gestão de Nova Viçosa, quando necessário.

"Eu não quero morrer, mas não tenho medo de morrer, concluiu.

Ao Portal A TARDE, o deputado Robinho disse que a perseguição vem do próprio radialista contra o governo municipal.

"Ele me pediu um emprego há 1 ano e foi atendido. Agora a Prefeitura entendeu que ela não era mais necessária e vida que segue", defendeu.

Quanto as acusações sobre as cestas básicas e "propostas indecentes", o deputado diz que se os fatos fossem verdadeiros, o radialista deveria ter denunciado "à época".

"Ele deve ser um santo, já que eu ofereci dinheiro e a pessoa não aceitou. Não tem cabimento", finaliza.