Polícia prende autores da morte de turista vítima de golpe no Facebook

Equipes da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis) prenderam, nesta sexta-feira, 9, a prisão de dois envolvidos na morte do turista de São Paulo, Erivaldo Alves dos Santos, de 47 anos, ocorrida no distrito de Arraial D’Ajuda, após ser atraído por meio de um perfil falso do Facebook, na sexta-feira da semana passada, 2.

De acordo com o coordenador da 23ª Coorpin, delegado Moisés Damasceno, a modalidade de golpe já é conhecida em outras regiões do país. “Trata-se do golpe do amor. Um dos criminosos se passou por uma mulher, construindo um perfil falso na rede social, para atrair a vítima”, destacou.

O delegado também explica que o crime foi premeditado. “A vítima teve valores roubados por meio de transferências bancárias e depois foi assassinado. Ele foi enterrado em uma cova, em uma área de vegetação, na zona rural de Arraial D’Ajuda, cavada dois dias antes da sua chegada naquela região”, detalhou.

A dupla foi presa na rodovia BR-101, na altura do distrito de Monte Pascoal, município de Itabela, durante uma abordagem realizada por policiais civis, com o apoio de equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com Moisés Damasceno, o celular de Erivaldo estava com um dos criminosos.

“Um deles é responsável pela conta que recebeu os valores roubados. O celular da vítima foi encontrado com o mesmo indivíduo que criou o perfil falso da suposta mulher no Facebook. Ele confessou o crime e informou que assassinou a vítima, após as transferências bancárias serem realizadas no dia dois, deste mês”, detalhou.

Um terceiro suspeito, que estava no mesmo veículo que a dupla que foi presa, teve um mandado de prisão por crime de homicídio cumprido durante as abordagens. Ele não tem envolvimento com a morte de Erivaldo Alves.

A dupla foi autuada em flagrante por extorsão com restrição da liberdade da vítima, com resultado morte. Equipes do Instituto Médico Legal (IML) foram acionadas para a remoção do corpo e trabalhos periciais. As investigações continuam, para identificar a possível participação de outros envolvidos.