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12/08/2014 às 10:06 • Atualizada em 21/01/2021 às 0:00 | Autor: Joana Lopo

PÓS-GRADUAÇÃO

Nova metodologia mescla o ensino tradicional e o digital

aula com recursos digitais
aula com recursos digitais -

O ensino na era digital passa por transformações e incorpora o universo virtual ao dia a dia do processo de aprendizado. Hoje, o ensino híbrido, ou seja, a combinação do aprendizado online com o consagrado ensino presencial, é apontado com a maneira mais eficaz para ensinar.

De acordo com a doutoranda em educação pela Uneb Isa Coutinho, essa forma de ensino é uma das apostas para a educação no século 21.

"É uma mistura do ensino presencial com o virtual, dentro e fora da escola. O aluno poderá escolher como, onde e com que meios pretende estudar", diz Coutinho.

Com isso, na parte do ensino presencial, que geralmente não prescinde de tecnologia digital, as atividades poderão ser propostas pelo professor. Os trabalhos são realizados em equipe. Já na parte a distância, o ensino é realizado com o auxílio de recursos digitais, a exemplo dos dispositivos móveis, como tablets e celulares.

"A facilidade de utilizar esses recursos em diferentes ambientes permite um leque de possibilidades sobre onde e como a prática pode ser desenvolvida. A sala de aula, a biblioteca, o laboratório de informática e até em casa", explica Isa Coutinho.

Segundo ela, no aprendizado híbrido, os dois momentos, dentro e fora da sala de aula, se complementam e promovem uma educação eficiente e personalizada.

Redes sociais

Há, contudo, uma preocupação sobre o manuseio dos dispositivos. Alguns professores resistem a compreender que o novo estudante usa as redes sociais como o Facebook e os softwares de comunicação instantânea, como o WhatsApp, para trocar informações com os colegas.

Assim, o ensino híbrido é uma estratégia metodológica que alia tecnologia analógica e digital para proporcionar ao estudante o gerenciamento de sua aprendizagem.

Para a professora Luzia Barbosa, que coordena o portal de ensino E-Dom, da Faculdade Dom Pedro II, atrair e manter a atenção do aluno digital é um grande desafio.

"É fácil se dispersar com tantos recursos. Nesse sentido é que entra o papel do professor. Não podemos nos escravizar pelas tecnologias, o ponto de equilíbrio está em conseguir alinhar o papel do professor e a tecnologia".

Conforme a coordenadora, o professor, no ensino híbrido, não será desqualificado pelas tecnologias, mas o mediador desse processo.

"Hoje, tem muita informação e pouco conhecimento, o papel do professor visa justamente reverter esta posição por meio da formação do conhecimento do estudante, através de desafios, problematizações, incentivos e direcionamento", diz Barbosa.

Com a evolução tecnológica, os espaços educacionais não podem ficar à parte. Por isso que as estratégias que possam unir as diferentes formas de aprender são elaboradas. O próprio Ministério da Educação, por meio da portaria 4.059, sugere que as instituições de ensino usem os recursos tecnológicos de forma a agregar novos conhecimentos através de formas diversificadas.

Porém o ensino a distancia requer uma postura diferenciada do aluno. "O estudante digital precisa impor limites, ser organizado, dedicado e autônomo. Vivemos em um momento de grandes transformações na sociedade, seja na produção de bens e serviços, comercialização, diversão e também nas formas de ensinar e aprender", observa a professora Luiza Barbosa.

Essa autodisciplina é um desafio para alunos. De acordo com a estudante de jornalismo da Unijorge Ana Luiza Bélico, 24, as aulas com recursos tecnológicos são mais interessantes, porém, entre uma conversa e outra, a atenção pode ser desviada.

"O uso dessas ferramentas pode dinamizar as aulas, mas, se não forem usadas corretamente, em paralelo com comentários do professor, não serão muito eficientes", diz.

Para ela, os estudantes se acomodam com a tecnologia e deixam de exercitar habilidades como a escrita. "Tem que ter bom senso para não exagerar, o único que perde por ficar navegando em redes sociais e outros sites é o próprio aluno".

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