EDITORIAL
Delírio de piloto
Confira o Editorial do Grupo A TARDE deste domingo
Por Da Redação
Conduzir veículos automotores em pistas de grande fluxo implica em responsabilidade pelo superpoder concedido na mecânica capaz de altíssimas velocidades em trocas de marcha e pisadas no acelerador.
A análise qualitativa de dados recentes produzem hipótese plausível de faltar consciência sobre efeitos do "delírio de piloto", resultado da educação precária para o convívio do trânsito, pedindo investimentos na tecnologia de radar.
Enquanto não é possível alargar os horizontes da moralidade, em descompasso com a entrega de carteiras de habilitação, as operações de controle tentam com sucesso parcial conter a dor e o sofrimento dos desastres.
Para quem tem maior dificuldade em monitorar seus ímpetos, os esportes de motor, como kart e fórmulas as mais diversas, podem ser escolhidos como meios apropriados a fim de revelarem-se os talentos das corridas de carro.
A TARDE prestou serviço ao mostrar a negligência ao volante, dando visibilidade aos números registrados pelos vigilantes rodoviários na Bahia, com quase 5 mil imagens de veículos flagrados entre dias 22 de abril e 12 de maio.
A gente corre na BR-324 (Salvador-Feira) com o maior peso do pé no pedal, ao alcançar mais da metade das ocorrências de amostragem, justificando o pleno rigor nas punições, quando se percebe faltar boa vontade para a ética.
A captura dos milhares de ilícitos faz parte da campanha Maio Amarelo, criada para estimular a segurança no asfalto, acrescentando proibições de bebida alcoólica e ultrapassagem indevida, sandices pelas quais cavam-se sepulturas.
Os mecanismos eletrônicos de aferição do espaço percorrido versus tempo de deslocamento inibem os tresloucados apenas no fragmento de estrada onde instalam-se radares, mas logo após o trecho, voltam os excessos dos celerados.
O resultado é mais um absurdo humano, ao desconhecermos a boa prática, desta vez, com 80 acidentes, 146 feridos e 20 mortos antes da metade de 2024, estatística superior aos 74; 93; e 16, respectivamente, no mesmo período do ano passado.
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