DE OLHO NO FUTURO
Transição energética é tema de mesa de debate no Congresso
João Mello Leitão, presidente do Grupo A TARDE, esteve presente entre os convidados
Por Cassio Moreira
A transição energética e a participação da Petrobras no processo foram pautas de uma mesa de debate na sala principal do II Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade, no Wish Hotel da Bahia, na tarde desta quinta-feira, 16.
Entre os membros da mesa, estava João Mello Leitão, presidente do Grupo A TARDE, junto com Deivyd Bacellar, presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Isabela Suarez, vice-presidente de Sustentabilidade da Associação Comercial da Bahia (ACB), o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ângelo Almeida, e George Humberts.
"Ela (Petrobras) precisa promover um processo de descarbonização das matrizes. Temos visto isso de perto porque a Petrobras tem promovido um processo de descarbonização nas suas unidades operacionais, tanto em terra como também offshore. Temos visto a empresa desenvolver uma tecnologia própria para captação do CO2 em reinjeção desse CO2 nas cavernas das grandes reservas, principalmente no pré-sal brasileiro, que até possibilita a utilização maior de gás natural para ser trazido para a Terra. Há uma necessidade de investimentos vultuosos em infraestrutura para que esse gás natural chegue aqui à nossa costa", explicou Deyvid.
"Entendemos também que há algumas incertezas de consertações entre diversos atores. Isso traz uma grande complexidade para que a transição energética seja feita de fato de uma maneira justa. Tendemos também que não apresenta um único percurso. E a transição energética ela não é linear, por isso falamos de transições energéticas. Há várias possibilidades, se formos falar das tecnologias temos diversas, temos inúmeras", completou.
"Nós entendemos que a transição energética ela também é pautada por condições sociais, ambientais, econômicas e financeiras e geopolíticas, como aqui nós colocamos, não podemos aceitar repetindo intervenções de outros países que já utilizaram as suas reservas, que já poluíram, que emitiram gases de efeito estufa na atmosfera, que continuam poluindo o planeta Terra e que não olham as nossas características", continuou.
Deyvid ainda lembrou do desastre ambiental no Rio Grande do Sul do efeito estufa como fator direto para as mudanças climáticas, além de confirmar uma parceria da Petrobras com o Fundo Mubadala para a criação de uma biorefinaria.
"A gente lembra que o que está acontecendo no Rio Grande do Sul é justamente um efeito das emissões de gases de efeito estufa que temos no planeta e que impactam as mudanças climáticas, que acabam atingindo a todos e todas nós, é um reflexo direto disso. Não adianta a gente negar essa realidade, porque é uma realidade nua e crua que está na nossa frente. Então lá no Rio Grande do Sul uma parceria da Petrobras com a Ipiranga, com a Braskem e o Odebrecht, uma refinaria grande onde ela está sendo convertida para ser uma biorefinaria onde terá 100% de óleo vegetal, então teremos de fato ali é uma refinaria que não terá mais uma gota de petróleo. Temos acordos de empresas de referência a fim de fortalecer o posicionamento em projetos de baixo carbono. Estamos falando aqui de R$ 11,5 bilhões no planejamento estratégico da companhia que visa tudo isso que aqui estamos falando, descarbonização das operações, energia de baixo carbono, biorefino, energia eólica solar, eólica offshore, hidrogênio e combustíveis. Tudo já sinalizado dentro do planejamento estratégico da companhia", disse.
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