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JÚRI POPULAR

Acusado de crime brutal alega que facadas não foram com intenção de matar

Diego Andrade esfaqueou a esposa nove vezes e 18 no enteado

Por Andrêzza Moura e Luan Julião

09/07/2025 - 16:32 h | Atualizada em 09/07/2025 - 17:21
Diego dos Santos Andrade, de 38 anos
Diego dos Santos Andrade, de 38 anos -

Quase dois anos após um crime brutal que chocou a Cidade Baixa, o réu Diego dos Santos Andrade, de 38 anos, começou a ser julgado por um júri popular nesta quarta-feira, 9, no Fórum Ruy Barbosa, no bairro de Nazaré, em Salvador. Ele responde por homicídio qualificado contra a esposa, a comerciante Raquel da Silva Almeida, de 34 anos, e por tentativa de homicídio contra o enteado, um adolescente de 13 anos.

O júri é formado por sete pessoas, cinco homens e duas mulheres e acompanha depoimentos e provas sobre o crime ocorrido entre a madrugada dos dias 23 e 24 de setembro de 2023, dentro da casa onde Diego vivia com as vítimas, na Rua Tubarão, bairro da Massaranduba.

Durante seu depoimento em plenário, Diego afirmou que o crime não foi premeditado. Segundo ele, houve uma luta corporal com Raquel, e a faca teria atingido o corpo da esposa acidentalmente.

"Aí a faca já tinha entrado na barriga dela. Eu tentei fazer com que o menino não visse aquela cena. Tentei tapar a boca dele e o nariz. Talvez, se tivesse desmaiado sem a respiração, não tivesse estado ali."

O réu também relatou que tentou conter o adolescente, mas que, diante da reação do menino, acabou esfaqueando-o. Depois disse que deu uma facada na barriga dela e no pescoço e uma no pescoço e na costela do enteado. Ele afirmou que não se lembra quantas facadas deu nas vítimas e justificou: Disse que estava sob forte emoção e medo após ela ameaçá-lo de chamar traficantes para agredi-lo.

Questionado por que não prestou socorro, Diego respondeu: "O meu medo era ser espancado, linchado naquele lugar. Meu desespero na hora era esse, eu não conseguia pensar em nada".

Segundo a advogada Darlene Carneiro, assistente de acusação do MP, foram nove facadas em Raquel e 18 no adolescente.

Apesar de afirmar que usou apenas uma faca, o promotor de Justiça Davi Gallo, responsável pela acusação, afirmou que a perícia encontrou três facas ao lado do corpo da vítima. Para o Ministério Público, o crime foi cometido de forma covarde e sem chances de defesa para mãe e filho.

"após receber uma bicuda de Diego, ela [Raquel] faz menção de ligar para a polícia a fim de avisar sobre a agressão, então vê seu celular ser arrancado de suas mãos por Diego que de inopino a golpeia com várias facadas, circunstância que a impossibilitou de esboçar reação defensiva, lesionada na cervical com cinco lesões, profundas, e envolveram estruturas vasculares e a traqueia".

Ainda de acordo com o MP, as vítimas não apresentavam sinais de defesa. O adolescente só sobreviveu porque se fingiu de morto. Após o ataque, segundo o promotor, Diego permaneceu na casa até a manhã do dia seguinte, saiu para comprar pão, tomou café da manhã e, no fim da tarde do domingo, 24, trancou a porta da residência e foi embora. O corpo foi encontrado por familiares, e o garoto foi socorrido em estado grave ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde ficou internado até o dia 3 de outubro de 2023.

Versão que Diego nega e reafirma que tinha certeza de que o garoto não havia morrido ao sair do imóvel.

"Ele não estava morto. Eu sabia que ele não estava morto. Quando saí, ele estava consciente. Em nenhum momento ele se fingiu de morto", disse Diego, ao afirmar que, ao sair do imóvel, o menino disse que o amava.

Após deixar o local do crime, Diego foi até um viaduto com a intenção de tirar a própria vida. “Quando cheguei no viaduto, a irmã, Daiane, já estava chegando”, contou. Outra irmã, identificada como Carla, o convenceu a desistir. Segundo ele, Carla queria que ele se entregasse à polícia, mas ele se recusou. Em vez disso, foi para a cidade de Laje, onde passou a noite na casa do pai. No dia seguinte, retornou a Salvador e se apresentou ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) com um advogado.

Diego nega que agredia fisicamente o enteado. Disse que apenas informava a Raquel sobre comportamentos considerados inadequados do menino e que era a mãe quem tomava as providências. O casal se conheceu em 2019, por meio de um grupo de WhatsApp, e começou a namorar em 2020. O casamento foi oficializado em julho de 2022.

O julgamento segue em curso, e a expectativa é que o veredito seja anunciado ainda nesta quarta-feira.

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Tags:

casal Cidade Baixa crime esposa Salvador

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