SALVADOR
Agência capacita blocos afros para sustentabilidade pós carnaval
Estão abertas as inscrições para o Acelera+ Blocos de Matrizes Africanas
Por Ian Peterson*
Estão abertas as inscrições para o Acelera+ Blocos de Matrizes Africanas, programa que vai selecionar 20 blocos de matriz africana de Salvador para participar de atividades de aceleração. A iniciativa, realizada pela Agência do Trabalhador da Cultura, com apoio das secretarias municipais de Desenvolvimento Econômico e de Cultura e Turismo e do Sebrae-BA, visa promover capacitação e mentoria para o desenvolvimento econômico e simbólico desses grupos. Para participar, todos os representantes dos blocos cadastrados deverão ter mais de 18 anos e disponibilidade para acompanhar, no mínimo, 75% das atividades. O processo de seleção será divulgado no dia 18 deste mês, e o programa ocorrerá entre setembro e dezembro de 2024, com encontros presenciais e on-line.
O programa Acelera+ Blocos de Matrizes Africanas é direcionado ao fortalecimento da atuação dos blocos principalmente após o período do Carnaval. A iniciativa busca garantir a sustentabilidade desses grupos ao oferecer capacitações em áreas essenciais como gestão de negócios, empreendedorismo, precificação, comunicação e marketing digital. O objetivo é conectar a atuação cultural dessas entidades com as demandas e realidades do mercado
A diretora de Cultura da Secretaria de Cultura de Salvador (Secult), Maylla Pita, ressaltou que a sustentabilidade dos blocos de matriz africana “acaba envolvendo várias camadas”, como a precificação adequada de produtos e serviços, a noção de empreendedorismo e a “conexão com sua própria identidade até o acesso aos mercados”. De acordo com a diretora, o programa “a aceleração propõe esse olhar e essa conexão do trabalho que os blocos Já realizam com as demandas realidades e necessidades de mercado”, explica ela.
Acelera+ Blocos de Matrizes Africanas
O programa Acelera+ Blocos de Matrizes Africanas terá um total de 12 módulos, realizados ao longo de três meses, com encontros semanais no formato híbrido. De acordo com a diretora de Cultura da Secult, Maylla Pita, “será uma média de 3 horas por semana, com um encontro coletivo e uma mentoria individual”. Ela explicou que os encontros acontecerão no período da tarde, uma demanda apontada pelos próprios blocos durante uma escuta pública. Pita também destacou que “cada módulo acontece em uma semana” e que o formato foi pensado para ser acessível, com a maioria das atividades realizadas de forma online.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas tanto por organizações com CNPJ quanto por representantes dos blocos com CPF, facilitando o acesso ao programa. Os interessados devem se inscrever até o próximo dia 15, através de formulário eletrônico que pode ser encontrado no edital do programa.
*Sob a supervisão do jornalista Luiz Lasserre
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