SEGURANÇA
Delegado-geral da Polícia Civil detalha os 100 dias de intensificação no combate às organizações criminosas
André Viana visitou a sede do A TARDE e apresentou o balanço das ações
Por Victoria Isabel

O delegado-geral da Polícia Civil da Bahia, André Viana, esteve nesta segunda-feira, 14, na sede do Grupo A TARDE, onde apresentou os resultados alcançados nos 100 dias de intensificação no combate às organizações criminosas. Durante a visita, ele também destacou os pilares que norteiam a atuação da instituição no enfrentamento à criminalidade.
Entre os dados apresentados, Viana destacou a retirada do convívio social de 36 lideranças de grupos criminosos, onde sete desses alvos integravam o Baralho do Crime. Além disso, mais de 150 operações foram realizadas no período em todo o estado, resultando em mais de 5 mil prisões. Outro número relevante citado pelo delegado foi a apreensão de 1.800 armas de fogo, entre elas 23 fuzis. “Essas armas iriam tirar a vida de cidadãos de bem. São números expressivos”, afirmou.
Estiveram presentes na reunião, o diretor de relações institucionais do Grupo A TARDE, Luciano Neves, o coordenador do núcleo digital, Rafael Tiago, e a coordenadora do jornal Massa!, Kenna Martins.
Na oportunidade, Luciano Neves, que foi presenteado com uma Moeda Institucional da Polícia Civil, comentou a boa relação do Grupo A TARDE sempre teve com a Polícia Civil. “Eu diria que a história do A TARDE, em todos capítulos, sempre se destacou pela credibilidade, pela reputação e com a boa relação que teve na área de segurança pública, especialmente com a nossa gloriosa Polícia civil, onde foi sempre uma fonte de informação para os veículos de comunicação”.
Os quatro pilares do enfrentamento à criminalidade
Durante a entrevista, André Viana explicou os quatro pilares estratégicos utilizados pela Polícia Civil para intensificar o combate às organizações criminosas: “O primeiro pilar é a capacitação e o treinamento, para que possamos justamente dotar o policial de instrumentos que o capacitem a enfrentar a criminalidade. Ele precisa ter, como em outras áreas, as instruções adequadas e os conhecimentos mais atualizados possíveis. O segundo pilar é o das operações, de um modo geral. A sociedade quer ver a polícia operando, apresentando bons resultados.”

Viana completou afirmando que o terceiro pilar é a elucidação desses crimes. "Precisamos apresentar índices de resolução dos crimes que sejam elogiáveis. Após três meses de ações com foco nessa área, alcançamos um índice de 79,4% de elucidação dos crimes, de modo geral. E temos uma grande preocupação em elevar ainda mais esse número, especialmente nos crimes de homicídio. E o quarto pilar, não menos importante, talvez até um dos mais importantes, é a comunicação. Precisamos dar ciência à população de tudo o que está sendo feito", afirmou o delegado.
Descapitalização das organizações criminosas
Outro ponto abordado pelo delegado-geral foi a importância de enfraquecer financeiramente os grupos criminosos. Segundo ele, uma das medidas estratégicas está relacionada à gestão dos bens apreendidos.
“A primeira preocupação era efetuar a prisão, e nós não tínhamos o foco sobre o que aquele líder de organização possuía. E o que acontecia? Quando tirávamos aquele traficante, o irmão assumia, a irmã assumia, o tio assumia, outra pessoa assumia... e aquela organização continuava funcionando com o mesmo viés financeiro”, afirmou.

Diante desse cenário, a nova diretriz da Polícia Civil prevê a gestão eficiente de bens apreendidos, sequestrados, perdidos ou sob constrição judicial. A proposta é garantir a perda desses bens em favor do Estado, principalmente em crimes relacionados à lavagem de dinheiro.
“As operações precisam ser constantes. Mas, paralelamente a elas, é fundamental, por meio da gestão, trazer conhecimento técnico para que as ações tenham como fruto a asfixia financeira das organizações criminosas, além da recuperação e bloqueio de bens.
O delegado também explicou que a venda desses bens permitirá que o dinheiro ou recurso já apreendido seja utilizado diretamente no enfrentamento à criminalidade e que só nesse trimestre tivemos R$ 600 milhões apreendidos frutos de autorização judicial.
"Ou seja, a Justiça autorizou o bloqueio de mais de R$ 600 milhões em contas. Esse dinheiro, no futuro, será utilizado para enfrentar a criminalidade. Ou seja, utilizado na estruturação de uma delegacia, em uma compra de material tecnológico que vem, vem ajudar na atividade de investigação e, de modo geral, numa compra de viatura, na compra de computadores, ou seja, ajudar o Estado, recuperando recursos e utilizando esse recurso no enfrentamento à criminalidade”, destacou.

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