MEDULA ÓSSEA
Estudante de 20 anos enfrenta leucemia e família faz rifa para transplante
Meta é atingir R$ 500 mil para a realização de cirurgia
Por Vitória Sacramento*
A estudante Adriele Peixoto, de 20 anos, enfrenta um dos maiores desafios de sua vida após ser diagnosticada com Leucemia Linfoblástica Aguda em maio de 2024. Em busca de tratamento adequado, a família está rifando um terreno no bairro Alto do Paraíso, em Santo Amaro, para arrecadar fundos para um transplante de medula que será realizado em São Paulo.
A meta é atingir R$ 500 mil, valor necessário para a cirurgia e custos com hospedagem, transporte e alimentação.
Cada bilhete da rifa custa R$ 30 (ou dois por R$ 50) e pode ser adquirido por meio do Instagram @todosporadriele, onde também há informações sobre o estado de saúde da jovem e detalhes sobre o terreno. Aidê Pereira, mãe de Adriele e guarda municipal, explica que rifar o terreno, que era um plano futuro para sua família, foi a solução encontrada: “A saúde da Adriele é o nosso bem maior”, desabafa. “Adriele conseguiu tratamento no Hospital Aristides Maltez apenas sob via judicial, e a maioria das medicações precisamos comprar, e são muito caras”, pontua.
O diagnóstico da doença trouxe grandes mudanças na rotina e a saúde financeira da família, que mora de aluguel e enfrenta a espera pelo benefício BPC (Benefício de Prestação Continuada) de Adriele, ainda não aprovado até o momento.
O pai da jovem precisou deixar o emprego para cuidar de outros dois filhos: Bruno Emanoel, um menino autista de sete anos, e Andressa, uma adolescente de 15 anos com transtornos mentais.
“Fisicamente estou ótima, mas psicologicamente é desafiador. Tento levar um dia de cada vez, sempre com muita fé em Deus”, compartilha Adriele.
Para contribuir com a causa, além da compra dos bilhetes da rifa, é possível entrar em contato diretamente com Aidê pelo número (71) 99357-0589.
A família segue acreditando que a solidariedade e a fé serão fundamentais nessa jornada pela cura de Adriele.
Doador de medula
Outra forma de ajudar a salvar a vida de pessoas nesse quadro é se tornar um doador de medula óssea. Para isso, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em boas condições de saúde e não apresentar doenças infecciosas ou hematológicas. O primeiro passo é procurar o hemocentro mais próximo e se cadastrar no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
Durante o cadastro, será coletada uma pequena amostra de sangue para análise e identificação da compatibilidade. Se for encontrado um paciente compatível, o doador será convocado para realizar exames complementares e o procedimento de doação, que pode ser feito por punção na medula óssea ou por coleta de células-tronco do sangue. A doação é segura e tem o poder de salvar vidas, como a de Adriele, que precisa desse transplante para vencer a leucemia.
*Sob a supervisão da jornalista Hilcélia Falcão
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