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DROGAS

Heroína: saiba mais sobre a droga que vicia mais do que crack

Duas apreensões da droga foram feitas em Salvador em 2024

Por Luan Julião

04/04/2025 - 6:00 h | Atualizada em 04/04/2025 - 7:34
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a apreensão global de heroína atingiu 87 toneladas em 2016
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a apreensão global de heroína atingiu 87 toneladas em 2016 -

A heroína, um dos opiláceos mais destrutivos do mundo, tem sido historicamente rara no Brasil devido ao alto custo e à preferência do mercado ilícito por drogas como crack e cocaína. No entanto, duas apreensões registradas em Salvador em 2024 acenderam um alerta sobre a presença da substância na capital baiana.

No dia 16 de janeiro de 2024, policiais militares do Batalhão Patamo, durante a Operação Força Total, apreenderam heroína, além de uma submetralhadora, maconha e crack, no bairro de Novo Horizonte, em Sussuarana. A droga foi encontrada após um confronto entre policiais e criminosos.

A droga foi encontrada após um confronto entre policiais e criminosos
A droga foi encontrada após um confronto entre policiais e criminosos | Foto: Divulgação / Polícia Militar

Já em 1º de fevereiro de 2024, policiais da 23ª CIPM, durante reforço do policiamento em Tancredo Neves, apreenderam 21 seringas de heroína, 533 porções de crack, 13 comprimidos de ecstasy e 14 frascos de lança-perfume. A apreensão ocorreu após uma troca de tiros com criminosos, resultando na detenção de um suspeito.

A apreensão ocorreu após uma troca de tiros com criminosos
A apreensão ocorreu após uma troca de tiros com criminosos | Foto: Divulgação / Polícia Militar

A heroína é um opiláceo derivado da papoula do ópio e foi sintetizada pela primeira vez em 1874 pelo químico inglês Charles Romley Alder Wright. No fim do século XIX, a farmacêutica Bayer a comercializou como um suposto tratamento para tosse, sem prever seu alto potencial viciante.

De acordo com o médico e pesquisador Drauzio Varella, a heroína vicia mais que a cocaína, a maconha e as anfetaminas, perdendo apenas para a nicotina. “As primeiras doses deixam um bem-estar desconhecido, profundo e duradouro, sensação cada vez mais fugaz à medida que se instala a tolerância causada pelo uso repetitivo”, explica o especialista.

A heroína pode ser injetada, fumada ou aspirada, e seu efeito é quase imediato, gerando uma sensação intensa de euforia. Contudo, os impactos negativos são devastadores, incluindo dependência severa, danos neurológicos, depressão respiratória e risco de overdose fatal.

Ainda de acordo com Drauzio, no Brasil, o preço elevado desse derivado do ópio limita seu consumo, tornando-o menos comum que o crack e a cocaína. Em contraste, na Europa, o número de usuários chega a centenas de milhares, enquanto na América do Norte ultrapassa um milhão. Esse cenário alarmante não apenas destrói famílias e comunidades, mas também favorece a disseminação da aids, das hepatites virais e da criminalidade.

Contudo, as recentes apreensões em Salvador levantam questionamentos sobre uma possível tentativa de expansão do mercado de heroína na cidade. Especialistas alertam para o risco de que a droga se torne mais acessível, trazendo consequências graves para a saúde pública e a segurança.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a apreensão global de heroína atingiu 87 toneladas em 2016. Nos Estados Unidos, o governo declarou emergência de saúde pública devido à crise dos opioides, que inclui não apenas a heroína, mas também medicamentos como oxicodona e fentanil.

Sede da Organização das Nações Unidas
Sede da Organização das Nações Unidas | Foto: Fabrice Coffrini | AFP

A droga é cultivada em regiões como o Afeganistão, Irã, Paquistão e Sudeste Asiático e distribuída por cartéis internacionais. Nos EUA, tornou-se popular entre militares que retornaram do Vietnã e foi amplamente consumida em cenas culturais como a do jazz nos anos 1950 e 1960.

O surgimento de apreensões de heroína em Salvador é um alerta para as autoridades. Resta saber se os episódios foram casos isolados ou se representam um novo desafio para o combate ao tráfico de drogas na capital baiana.

Até o fechamento desta matéria, entramos em contato com a Polícia Civil para obter dados sobre apreensões de heroína na cidade de Salvador. No entanto, foi relatado que "não dispomos desse recorte", informou a corporação.

A presença da heroína em Salvador, ainda que rara, acende um alerta para as autoridades sobre uma possível mudança no cenário do tráfico de drogas na capital baiana. Enquanto a substância continua sendo mais comum na América do Norte e na Europa, seu surgimento em apreensões locais levanta preocupações sobre a diversificação do mercado de entorpecentes e os riscos associados ao seu consumo.

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Tags:

Apreensões heroína opióides Policia Civil Salvador tráfico de drogas

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