SALVADOR
Médica é acusada de chamar enfermeiro de "macaco" em UPA de Itapuã
Mulher já teria histórico de desrespeito contra outros colegas
Por Redação
Um enfermeiro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Dr. Hélio Machado, no bairro de Itapuã, em Salvador, teria sido vítima de injúria racial por parte de uma médica, também trabalhadora do local, no plantão deste domingo, 29. Conforme relatos, o homem foi chamado de “macaco” pela colega.
A mulher também já teria sido agido de forma desrespeitosa em diversas ocasiões com outros funcionários da enfermagem e em diferentes situações.
Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA) se manifestou sobre o assunto e disse repudiar qualquer ato racista.
“É inadmissível que um profissional da saúde, cuja missão é cuidar da população com dedicação e comprometimento, seja alvo de atos tão desumanos e repugnantes”, ressaltou no comunicado.
O presidente do Coren-BA, enfermeiro Davi Apóstolo, se posicionou também e declarou: "Não toleraremos em nenhuma hipótese afirmações incoerentes, que visam desqualificar a nossa categoria."
A reportagem encontrou em contato com a Polícia Civil para mais informações, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.
Confira a nota do Coren na íntegra:
"O Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA) manifesta seu mais veemente repúdio ao episódio ocorrido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itapuã, em Salvador, onde uma médica é acusada de proferir injúrias raciais contra um enfermeiro, chamando-o de "macaco".
O racismo é uma prática abominável e inaceitável em qualquer circunstância, especialmente em ambientes de saúde, onde o respeito mútuo e a colaboração entre profissionais são fundamentais para o bem-estar dos pacientes e para a qualidade do atendimento. É inadmissível que um profissional da saúde, cuja missão é cuidar da população com dedicação e comprometimento, seja alvo de atos tão desumanos e repugnantes.
O presidente do Coren-BA, enfermeiro Davi Apóstolo, declara: "Não toleraremos em nenhuma hipótese afirmações incoerentes, que visam desqualificar a nossa categoria."
O Coren-BA reafirma sua posição de absoluta intolerância a qualquer forma de discriminação, preconceito ou violência e exige das autoridades competentes uma investigação rigorosa e a aplicação exemplar da lei. O combate ao racismo é uma responsabilidade de todos e deve ser tratado com a seriedade que o tema exige.
Reiteramos nossa solidariedade ao profissional agredido e a todos os enfermeiros, técnicos e auxiliares que enfrentam adversidades no exercício de suas funções. Situações como essa evidenciam a necessidade urgente de reforçar a luta por ambientes de trabalho mais seguros, éticos e livres de preconceitos.
O Coren-BA continuará vigilante na defesa dos direitos dos profissionais de Enfermagem e no fortalecimento da valorização e do respeito que a categoria merece."
Também em nota, o Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps) repudiou o ato de racismo e manifestou apoio ao enfermeiro.
Confira a nota abaixo:
Antes de tudo, racismo é cr*ime! O preconceito racial se manifesta de forma sutil ou explícita, tendo o doloso agressor, a intenção clara de diminuir a vítima, objetificando-a ou com ataques à sua dignidade por conta da cor da sua pele preta.
Dito isto, reafirmamos nosso posicionamento antirracista e repudiamos qualquer ato que venha ferir a dignidade humana. Um caso em tela que tem a UPA de Itapuã como cenário de uma acusação grave de racismo será acompanhado pelo Sindseps. A entidade coloca seus serviços de assistência jurídica e psicológica em favor de seus filiados/as sempre que fatos dessa natureza ocorram.
Ressaltamos ainda que esta e outras ocorrências de atitudes preconceituosas precisam ser combatidas pelo conjunto de atores que compõem a saúde pública na capital baiana em parceria com o controle social para que o/a/s responsável/eis pelo cometimento da prática criminosa seja/m responsabilizado/a/s e punido/a/s na forma da Lei.
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