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Mussurunga II: raiva em cavalo mata 3 animais e põe moradores em risco

Confirmação da doença em equino exige atenção de moradores da região

Por Madson Souza

01/02/2025 - 7:00 h
Morena (égua) morreu com sintomas da doença, possivelmente após ser mordida por morcego transmissor
Morena (égua) morreu com sintomas da doença, possivelmente após ser mordida por morcego transmissor -

Caso de raiva em cavalo no bairro do Mussurunga II, em Salvador, gera preocupação em moradores da região pelo risco de contaminação. Três animais da espécie foram a óbito no local e, apesar de apenas um ter o caso diagnosticado por autópsia, há suspeita de que os outros dois também compartilhem da enfermidade por conta dos sintomas apresentados.

A contaminação da doença ocorre através da saliva de animais infectados pelo vírus ou por gotas de saliva no ar de pacientes contaminados. Ainda não há tratamento efetivo para a doença e sua letalidade é de quase 100%, conforme o infectologista Carlos Brites.

A situação no bairro gerou resposta da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com a realização do exame para confirmar a doença no animal, vacinação de cães e gatos (que também podem ser transmissores) com a antirrábica, e reforço para a população que teve contato com o animal sobre a importância de se imunizar.

O barbeiro Ramon Santana, 32, morador do bairro e dono de um dos cavalos que veio a óbito, já tomou duas doses da vacina contra a raiva e está no aguardo para tomar o soro antirrábico e mais duas doses do imunizante. A dificuldade de sua égua, Morena, em se levantar e a marca de mordida de morcego – possível transmissor da doença –, foram indicativos da enfermidade, além de outros sintomas.

Preocupado com sua situação e com a de outros do bairro, o barbeiro tem avisado pessoas que tiveram contato próximo ao animal sobre a situação.

“Estou com medo. Muitas pessoas não acham que é grave, mas quem teve contato com o cavalo está indo tomar a vacina. Postei até no Instagram”, conta Ramon.

Já o domador de animais, Diogo dos Santos, 20, chegou a ter contato com a saliva de um dos animais que veio a óbito e apresentava sintomas semelhantes com o cavalo que teve o caso confirmado. “Fico preocupado porque é algo que não tem cura. Já tomei duas doses e estou no aguardo do soro. É difícil de lidar porque nunca tinha visto um animal com a doença”, comenta.

Ele acompanhou sintomas como a espuma na boca do animal, o cavalo se batendo, com tontura e fraqueza nos membros. Nesses casos de contato com os animais contaminados, a vacinação é apontada como de fundamental importância, segundo o infectologista Carlos Brites.

“Para as pessoas expostas ao vírus é preciso que sejam vacinadas de imediato, devido a letalidade próxima de 100% dos casos”, afirma.

A situação exige atenção, mas não há motivo para desespero. O infectologista explica que “exceto pelo risco de mordida por morcego ou exposição a animais domésticos com raiva, não é necessária nenhuma medida específica para a população”.

Até o fechamento desta reportagem, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Salvador não divulgou parecer sobre a situação no bairro. Segundo relato dos moradores, o órgão acompanha a situação e vacinou cães e gatos da área, fez a autópsia de animal suspeito e indicou a vacinação para pessoas que tiveram contato mais próximo com o animal.

A recomendação oficial da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) é de que pessoas que sofreram agressão por animais que sejam possíveis transmissores da raiva (mamíferos) ou tiveram contato com animais que testaram positivo devem procurar a unidade de saúde mais próxima e relatar o caso. O último episódio de raiva humana que aconteceu na Bahia foi em 2017, no município de Paramirim, localizado na região sudoeste do estado.

Um morcego foi o animal transmissor, conforme informações da Sesab. Dois casos da doença em humanos foram confirmados no País em 2024, e levaram os pacientes a óbito. Um dos casos foi no Piauí, tendo o macaco como animal transmissor, e outro foi em Tocantins e o animal transmissor foi um cachorro. Animais como os cães e gatos são considerados indicativos da doença, porque a partir dos casos nesses bichos é possível monitorar os territórios de circulação do vírus, de acordo com nota da Sesab.

Entre as orientações indicadas pela secretaria para as vigilâncias epidemiológicas dos municípios inclui: investigação epidemiológica e identificação de pessoas que tiveram contato com animais contaminados, orientando para a profilaxia pós-exposição (medidas de cuidados preventivos); vacinação de cães e gatos; alertar os profissionais de saúde sobre a circulação do vírus no território e desenvolver atividades educativas junto à população.

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Tags:

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