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SALVADOR

Quase cinco mil objetos esquecidos no metrô serão doados

Bicicletas, óculos, livros, roupas, sapatos fazem parte da lista

Thyffanny Ellen*

Por Thyffanny Ellen*

06/09/2025 - 6:12 h
Itens que não estão em boas condições de uso são descartados
Itens que não estão em boas condições de uso são descartados -

Mais de mil objetos esquecidos nas estações e nos trens do metrô de Salvador ganharam um novo destino ontem. Os itens foram entregues à Associação Silvano Alves de Araújo (ASAA), instituição localizada em Mussurunga, que atua com cursos profissionalizantes e projetos sociais voltados para pessoas em situação de vulnerabilidade.

Bicicletas, óculos, livros, roupas, sapatos fazem parte da lista de doações, que agora serão aproveitadas nos bazares solidários organizados pela entidade.

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Segundo dados da CCR Metrô Bahia, apenas no primeiro semestre deste ano foram 5.118 objetos esquecidos, mas somente 376 devolvidos aos donos.

Os itens passam por um processo que inclui triagem e armazenamento na Central de Achados e Perdidos, no Terminal Retiro, onde ficam disponíveis por até 30 dias. Quando não são resgatados, aqueles que ainda estão em boas condições são doados para instituições sociais.

Perdidos e achados

Imagem ilustrativa da imagem Quase cinco mil objetos esquecidos no metrô serão doados
| Foto: Olga Leiria | Ag. A TARDE

Rodrigo Rainer, gerente de Comunicação do Metrô Bahia, explica que a ação tem um valor que ultrapassa a simples devolução de pertences. “A Central de Achados e Perdidos cumpre um papel que vai além de apenas armazenar os objetos esquecidos nas estações. Quando não são recuperados dentro do prazo estabelecido, esses itens são destinados a instituições sociais. Essa iniciativa tem grande importância social porque transforma o que poderia ser descartado em uma oportunidade para quem mais precisa”, pontua.

Segundo Rainer, os itens que não estão em boas condições de uso são descartados, enquanto aqueles que ainda podem ser aproveitados passam por uma triagem interna e, em seguida, são destinados a instituições situadas no entorno das estações de metrô.

Venda em bazar

A chegada dos itens doados representa um reforço importante para o trabalho da ASAA, que atende cerca de duas mil pessoas por ano com oficinas, cursos de qualificação e atendimento psicossocial. Para o presidente da associação, André Mota, o gesto é fundamental para a continuidade das atividades. “Não temos apoio de órgãos públicos, e o que mantém a associação é justamente a venda do bazar. Faremos uso das doações para colocar no bazar e faremos doações para a comunidade, para pessoas que mais precisam”.

O bazar citado por André funciona diariamente, como uma loja fixa mantida pela instituição. “É como se fosse uma loja, ela funciona todos os dias. Quando alguém chega aqui está tudo arrumado, vai passar até por uma reforma agora, para que você tenha a sensação de entrar no bazar e se sentir dentro de uma loja de shopping”.

Rede de acolhimento

Para quem frequenta a associação, as doações e o trabalho social da ASAA são vistos como uma rede de acolhimento. Elizabeth Sampaio, 43 anos, contou como encontrou na entidade um espaço de apoio em meio a dificuldades pessoais. “Isso aqui é uma família, uma casa que ajuda muito a gente. Agora mesmo eu pretendo fazer o psicólogo, porque eu sofri muita coisa e não tive essa ajuda psicológica e tudo isso a associação oferece. Eu estou muito feliz em poder participar e interagir. Está sendo perfeito”.

Histórias como a de Elizabeth se repetem entre os voluntários. Vaneide Menezes, 42, participa há quase cinco anos da associação. “Eu cheguei aqui, aprendi a fazer bolos, hoje eu faço bolos incríveis. Depois disso comecei a fazer outros cursos, fiz curso de qualificação e curso de artes em balões, decoração e tecidos em EVA. Sou voluntária, ajudo nos eventos com crianças. Eles sempre estão buscando alguns projetos para melhorar mais a associação”.

Outro exemplo é o de Daiana Camajo, 38, que começou buscando auxílio jurídico e acabou encontrando uma nova forma de contribuir. “Eu vim pra associação fazer o atendimento com advogado e acabei sendo voluntária dando aula de informática. Depois dei aula de empreendedorismo e vemos que isso realmente ajuda a comunidade. Sempre inovamos alguma coisa”.

Além das histórias de superação e solidariedade, os objetos esquecidos no metrô também rendem casos curiosos. Já passaram pela Central de Achados e Perdidos desde documentos pessoais até TVs, consoles de videogame, fardamentos do Exército e até uma dentadura, que precisou ser descartada no mês passado.

Prazo para resgate

Para reaver objetos perdidos no sistema metroviário, o interessado deve se dirigir à Central de Achados e Perdidos, no Terminal Retiro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Quanto mais informações sobre o objeto forem fornecidas como dia, horário e local em que foi esquecido, mais fácil é a localização e devolução. Após o prazo de 30 dias, os itens em boas condições são destinados a novos donos por meio de iniciativas sociais.

*Sob a supervisão da editora Isabel Villela

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