AO AR LIVRE
Volta no Dique marca a chegada da Primavera com música e animação
Evento atraiu foliões fora de época e é promovido pelo Movimento Musical MUDEIdeNOME
Por Gabriel Vintina*
Ao som de clássicos como “Selva Branca” e “Muito Obrigado, Axé”, aconteceu ontem mais uma edição da Volta no Dique. O evento faz parte do Festival da Primavera e transformou o Dique do Tororó em um grande palco ao ar livre. Promovido pelo Movimento Musical MUDEIdeNOME, composto por alguns dos antigos integrantes do grupo Alavontê, em parceria com a Prefeitura de Salvador, a festa atraiu uma multidão de foliões fora de época, que celebrou ao ritmo da música baiana em um ambiente de pura alegria e diversão.
A Volta no Dique foi comandada por artistas como Ricardo Chaves, Ramon Cruz, Magary Lord e Jonga Cunha. O evento já pode ser considerado uma tradição da chegada da temporada de sol na cidade. A bordo do Pranchão – trio elétrico que se aproxima ainda mais do público – os músicos percorreram o entorno do espelho d’água, revivendo grandes sucessos e apresentando novas canções.
Para Ricardo Chaves, a festa é muito mais que um show, é um reencontro com as raízes musicais da Bahia e com a memória afetiva dos soteropolitanos. “Muito feliz em estar aqui na sétima edição da Volta no Dique, que é um evento que a gente criou há muito tempo. Ver que a música que a gente ajudou a construir ainda toca tantas pessoas é uma sensação muito boa”, disse.
Festa itinerante
O evento, criado em 2014, nasceu quando esses artistas ainda faziam parte do grupo Alavontê, e o formato de festa itinerante rapidamente se tornou um marco no calendário cultural de Salvador, com seu foco na memória afetiva e na proximidade com o público.
Mara Araújo, jornalista que acompanha o evento todos os anos, descreveu a festa como uma tradição. “Todo ano eu venho, porque é um momento maravilhoso. Eles tocam as melhores músicas do passado, é muito gostoso aproveitar esse clima sem grandes agitações”.
O domingo, marcado pela leveza e pelo clima festivo, foi embalado por canções que trouxeram à tona a nostalgia de antigos carnavais.
“A gente está muito feliz com essa energia maravilhosa de ver a galera saindo de casa para curtir esse lugar mágico, que é o Dique. É um cartão-postal e escolhemos esse lugar para sermos felizes. A gente se diverte muito tocando com o Pranchão, rodeando essa paisagem. Quando olhamos para a galera, é pura diversão”, comentou Magary Lord.
No meio da multidão, o entusiasmo era contagiante. Marilene Silva Souza, cuidadora de idosos, comentou sobre a atmosfera acolhedora do evento. “Não é a primeira vez que eu venho. Venho sempre porque aqui é show de bola, maravilhoso! Um ótimo ambiente, e dá até para quem quiser trazer as crianças”.
Jonga Cunha, músico e um dos fundadores do Alavontê, destacou a força do evento. “A sensação de estar aqui é incrível. Estou muito orgulhoso e feliz por estar aqui hoje. A energia vai crescendo, vai lotando, e quando a gente passa pelo Engenho Velho, já não tem mais espaço para ninguém. É uma maravilha, um domingo de alegria e celebração”.
*Sob a supervisão da jornalista Hilcélia Falcão
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