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ÍNDIA

1º caso de infecção por fungos de árvores em humanos é identificado

O paciente, um homem de 61 anos, é micologista de plantas e contou manejar fungos

Por Da Redação

31/03/2023 - 16:44 h
O caso aconteceu no leste da Índia e os detalhes foram publicados no dia 13 de março no periódico Medical Mycology Case Reports
O caso aconteceu no leste da Índia e os detalhes foram publicados no dia 13 de março no periódico Medical Mycology Case Reports -

Pesquisadores identificaram pela 1ª vez uma infecção pelo fungo Chondrostereum purpureum em humanos. Caso que foi registrado na Índia, a infecção por está categoria de fungo é conhecida como folha de prata, doença que atinge árvores, com maior incidência na família das rosas, onde deixa a folha prateada até matar o galho.

As informações foram publicadas no periódico Medical Mycology Case Reports, no dia 13 de março. O paciente infectado é um homem de 61 anos, que trabalha com plantas e revelou manejar fungos, cogumelos e materiais em decomposição.

O homem foi ao hospital e contou que teve sintomas como rouquidão, tosse, faringite recorrente, fadiga e dificuldade de deglutição por três meses. Os médicos tiveram dificuldade em diagnosticar a infecção fúngica.

De acordo com a publicação, radiografias de tórax não indicaram alterações, mas a tomografia computadorizada do pescoço mostrou um abcesso (bolsa de pus que se forma em diversas regiões do corpo, como tecidos e órgãos). Foi coletada uma amostra do material e enviada para analisar o pus. Novamente nenhuma das análises identificou a causa da infecção. Então, a amostra foi levada a um centro colaborador da OMS (Organização Mundial da Saúde). O DNA do material coletado foi sequenciado permitindo a descoberta do fungo.

"Este caso destaca o potencial de fungos de plantas ambientais para causar doenças em humanos e enfatiza a importância de técnicas moleculares para identificar as espécies fúngicas causadoras", ressalta a equipe que analisou o caso.

Segundo a reportagem do UOL, a infecção foi tratada com drenagem completa do pus, e o paciente tomou antifúngico oral duas vezes ao dia por dois meses. Acompanhado por dois anos, o homem ficou "absolutamente bem" e sem qualquer indício de recidiva, sinalizou a equipe.

Em 2022, a Organização Mundial da Saúde alertou que muitos fungos estão se tornando resistentes aos tratamentos. A entidade divulgou um relatório com patógenos capazes de virar uma grande ameaça para a humanidade.

"Emergindo das sombras da pandemia de resistência antimicrobiana bacteriana, as infecções fúngicas estão crescendo e são cada vez mais resistentes aos tratamentos, tornando-se uma preocupação de saúde pública em todo o mundo", disse Hanan Balkhy, diretora-geral assistente da OMS para resistência antimicrobiana

Na lista, os fungos foram divididos em três grupos de prioridade: crítica, alta e média.

Lista de fungos divulgados pela OMS como alerta prioridade crítica

Aspergillus fumigatus: presente no ar, no solo e nas mucosas nasais de animais e humanos, é um dos fungos mais encontrados em hospitais. O micro-organismo produz esporos que podem causar alergias e até comprometer a saúde pulmonar de pessoas com o sistema imunológico debilitado.

Candida albicans: vive em nosso organismo sem causar nenhum problema e é comumente encontrada no intestino, na boca, na vagina e na pele. Mas, quando as defesas do corpo dão brechas, gera infecções como a famosa candidíase vaginal. Em pessoas imunocomprometidas, o fungo pode causar fibrose pulmonar e tumores benignos.

Cryptococcus neoformans: encontrado em plantas, frutos e fezes de aves (especialmente pombos), causa infecção no cérebro que pode levar à morte, além de gerar problemas nos pulmões e na pele. No mundo todo, é um dos micro-organismos que mais causam doenças em pessoas com HIV/Aids e provoca 180 mil óbitos por ano.

Candida auris: já classificado como um superfungo (resistente aos antifúngicos comuns), habita principalmente o ambiente hospitalar, onde gera grande preocupação. O fungo tem potencial de se espalhar rapidamente e provocar surtos, sendo que a taxa de morte da infecção pode chegar a 60%.

Lista de fungos divulgados pela OMS como alerta prioridade alta

Candida glabrata

Histoplasma spp.

Fungos causadores de micetoma (os mais comuns são Madurella, Leptosphaeria e Pyrenochaeta)

Mucorales

Fusarium spp.

Candida tropicalis

Candida parapsilosis

Lista de fungos divulgados pela OMS como alerta Média prioridade

Scedosporium spp.

Lomentospora prolificans

Coccidioides spp.

Pichia kudriavzeveii (Candida krusei)

Cryptococcus gattii

Talaromyces marneffei

Pneumocystis jirovecii

Paracoccidioides spp.

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