BRASIL
80% dos profissionais de saúde mortos na pandemia eram mulheres
Número de óbitos foi maior nos meses que faltaram equipamentos de proteção individual
Por Da Redação
Um estudo divulgado nesta quinta-feira, 13, revelou o impacto da Covid-19 nos profissionais de saúde brasileiros, que nos piores momentos da pandemia tiveram que lidar até com a falta de equipamentos de proteção e enfrentaram taxas de óbito que chegaram ao dobro da média dos anos anteriores à pandemia.
Segundo levantamento do Public Services International (PSI), que reúne informações de 154 países, a batalha contra o coronavírus foi especialmente dura para os profissionais que atuam na linha de frente do combate à doença: técnicos e auxiliares de enfermagem, enfermeiros e médicos, que só deixaram de morrer mais do que a população em geral quando começaram a ser vacinados no início de 2021.
Os dados revelam que os óbitos afetaram a categoria mais rapidamente do que a população geral, especialmente nos meses em que faltaram equipamentos de proteção individual. Ao menos 4.500 profissionais de saúde morreram de Covid-19 entre março de 2020 e dezembro de 2021, com mais óbitos entre os que trabalharam mais próximo dos pacientes: técnicos e auxiliares de enfermagem (70%), seguidos dos enfermeiros (25%) e médicos (5%).
A concentração de mortes observada nas ocupações com menores salários no setor da enfermagem revelou ainda a grande disparidade de gênero no número de vítimas. Conforme o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), a maioria dos profissionais do setor é formada por mulheres e foram elas as que mais morreram: oito a cada dez mortes por Covid-19 entre os profissionais de saúde no período pesquisado foram de mulheres.
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