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MISSÃO DE TODOS

Bahia lança plano de ação e amplia combate às arboviroses

No dia nacional de mobilização contra o Aedes Aegypti, autoridades defendem atuação integrada de União, estados e municípios

Por Da Redação

14/12/2024 - 13:54 h
Secretário adjunto da Vigilância do Ministério da Saúde, Rivaldo Venâncio, defende engajamento da sociedade no combate ao mosquito
Secretário adjunto da Vigilância do Ministério da Saúde, Rivaldo Venâncio, defende engajamento da sociedade no combate ao mosquito -

No dia nacional de mobilização contra o Aedes Aegypti, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e o Ministério da Saúde apresentaram o plano de ação 2024/2025 para reduzir casos prováveis e óbitos por dengue, chikungunya, zika e febre do oropouche.

Um dos pilares do plano é preparar a rede de atenção à saúde com a máxima antecedência. Com esse objetivo, autoridades de saúde, gestores e especialistas discutiram as estratégias para enfrentar essas doenças e reorganizar os serviços assistenciais durante o “Seminário de Combate às Arboviroses: Desafios e Ações para Reduzir a Mortalidade”, realizado neste sábado, 14, em Salvador.

O secretário adjunto da Vigilância do Ministério da Saúde, Rivaldo Venâncio, lembrou que o enfrentamento das arboviroses não é uma tarefa exclusiva da área da saúde e destacou a necessidade de ações intersetoriais e do engajamento de toda a sociedade.

“Não se combate a dengue apenas nos hospitais ou em campanhas de vacinação. O controle das arboviroses depende da mobilização das comunidades, do saneamento básico, da educação e do meio ambiente. É uma missão compartilhada”, afirmou Venâncio.

O subsecretário da Saúde do Estado, Paulo Barbosa, destacou que, ao longo de 2024, o Governo da Bahia investiu mais de R$ 23 milhões em ações intersetoriais. 'As operações foram reforçadas com a aquisição de kits para agentes de combate às endemias, realização de mutirões de limpeza e operações conjuntas com o Corpo de Bombeiros para alcançar áreas de difícil acesso. Isso além da capacitação de profissionais da assistência e a disponibilização de equipamentos e medicamentos para os municípios mais afetados pelas arboviroses'.

O diretor de Atenção Básica da Bahia, Marcus Prates, reforçou a importância do fortalecimento do atendimento primário como base para o enfrentamento das epidemias. “A Atenção Básica é a porta de entrada do sistema de saúde. É nela que conseguimos realizar o primeiro atendimento e identificar precocemente casos suspeitos para evitar o agravamento das doenças e aliviar a pressão sobre os hospitais e UPAs”, declarou.

Já a diretora de Gestão de Serviços de Saúde, Zaine Lima, destacou a necessidade de uma rede assistencial robusta e bem estruturada. “Ter uma rede preparada significa salvar vidas. Isso envolve desde a reorganização das Unidades Básicas de Saúde até a ampliação das emergências hospitalares e a qualificação das equipes de saúde. Nossa resposta deve ser rápida e integrada para evitar complicações graves”, afirmou a diretora.

Eixos

O plano de ação 2024/2025 para o combate às arboviroses na Bahia é guiado por seis eixos estratégicos. O primeiro é a prevenção, que prevê o fortalecimento de campanhas educativas e a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.

O segundo eixo, vigilância, foca no monitoramento contínuo dos casos e na aplicação de novas tecnologias para o mapeamento de focos. Já o controle vetorial reforça as ações de campo e o uso de soluções inovadoras para conter a proliferação do mosquito.

Outro ponto central do plano é a reorganização da rede assistencial, que visa à expansão das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e à modernização dos hospitais. A preparação e resposta a emergências prevê uma mobilização rápida durante surtos e a ampliação da infraestrutura hospitalar.

Por fim, o eixo de comunicação busca engajar a população na prevenção e disseminação de informações corretas para minimizar os riscos das doenças transmitidas pelo vetor.

Dados atualizados mostram 232.623 casos prováveis de dengue em 2024 na Bahia, um aumento de 395% em relação ao ano anterior. O estado também registrou 16.491 casos de chikungunya e 1.166 de zika, além de 1.077 casos de febre do oropouche.

A diretora de Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, ressaltou que, embora os números exijam atenção, a resposta coordenada já trouxe resultados. “Conseguimos estabilizar algumas regiões com ações rápidas e integração de equipes. Mas precisamos avançar ainda mais no fortalecimento da rede assistencial e na atuação preventiva”, explicou.

Hidratação

O médico infectologista Antônio Bandeira, representante da Sociedade Brasileira de Infectologia e servidor da Sesab, reforçou a necessidade de reduzir a mortalidade causada pelas arboviroses, destacando a importância da preparação antecipada e do atendimento imediato.

“A medida mais importante para evitar complicações graves de dengue é a hidratação vigorosa já nos primeiros atendimentos. Com uma triagem eficiente e identificação precoce dos sinais de alarme, podemos salvar vidas e evitar internações em estado crítico”, alertou.

Mobilização nacional

O secretário adjunto da Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde, Rivaldo Venâncio, reforçou o compromisso do governo federal em apoiar os estados. “Nosso papel é fornecer recursos e apoio técnico para que estados e municípios possam agir de forma integrada. O desafio é grande, mas o esforço precisa ser ainda maior”, destacou.

Com o lançamento do plano de ação 2024/2025, o subsecretário Paulo Barbosa concluiu com um apelo à sociedade: “Não podemos esperar que o próximo surto nos surpreenda. Precisamos agir agora, com integração, estratégia e a colaboração de todos. O combate às arboviroses depende de cada um de nós”, ressaltou.

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Tags:

Aedes Aegypti Arboviroses Dengue sesab

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