AUTOSSUFICIÊNCIA
Bahiafarma busca retomar projeto de fábrica de insulina
Construção anunciada em 2020 foi cancelada no governo Bolsonaro e pode solucionar crise de abastecimento
Por Alan Rodrigues
A dificuldade no abastecimento de insulina pode ajudar a retomar as tratativas para a implantação de uma fábrica do insumo na Bahia. A informação é da Bahiafarma, que confirma gestão junto ao Ministério da Saúde com esse objetivo.
A fábrica chegou a ser anunciada em 2020, em parceria com a empresa ucraniana Indar, mas, o Ministério anunciou o rompimento do contrato de fornecimento com o laboratório em 2021, durante o governo Bolsonaro, que decidiu, ainda em 2019, a suspensão de contratos de fabricação de 19 remédios produzidos no Brasil e distribuídos pelo SUS.
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) alerta para o risco de falta do insumo em três meses e o Ministério da Saúde assinou contrato de aquisição emergencial de 1,3 milhão de unidades de insulina para recompor aos estoques. O Governo do Estado usou recursos próprios para evitar o desabastecimento.
Diante desse cenário, a construção de uma fábrica na Bahia volta a ser tema de tratativas junto ao Governo Federal. Segundo a Bahiafarma, essa é uma possibilidade que está sendo estudada pelo governo da Bahia junto ao Ministério da Saúde, "visto que há uma forte dependência destes medicamentos no SUS, especialmente as insulinas análogas, de ação rápida e de ação prolongada".
A estatal informa que está em fase de prospecção de possíveis parcerias para transferência de tecnologia de produção destas substâncias e "as tratativas para possíveis parcerias devem ser no sentido de suprir esta lacuna na produção brasileira das insulinas análogas, para a Bahia e para o país como um todo", diz a nota da Bahiafarma.
Segundo a assessoria da estatal farmacêutica, o "Ministério da Saúde tem demonstrado interesse em fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde e a Bahiafarma se somará a este esforço nacional de produção própria de produtos para à saúde, reduzindo a dependência externa da importação de insulina e outros medicamentos estratégicos para o SUS".
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