GANHO MUSCULAR
CFM proíbe médicos de prescrever anabolizantes para estética
Decisão proíbe profissionais de indicarem o uso de hormônios andrógenos, a exemplo da testosterona
![Decisão ocorre após sociedades médicas se mobilizarem](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1220000/1200x720/Artigo-Destaque_01225425_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1220000%2FArtigo-Destaque_01225425_00.jpg%3Fxid%3D5779362%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1722807024&xid=5779362)
Médicos foram proibidos de prescrever esteroides anabolizantes para pacientes que buscam ganho muscular, performance esportiva ou estética. A resolução, do Conselho Federal de Medicina (CFM), foi publicada nesta terça-feira, 11, no Diário Oficial da União.
A decisão proíbe os profissionais de saúde de indicarem o uso de hormônios andrógenos (a exemplo da testosterona e seus derivados) em casos que não há deficiência comprovada, no esporte amador e profissional ou para a beleza. Também está vedada a realização de cursos, eventos ou apologia a essas medicações para esses fins.
A resolução ressalta "a inexistência de estudos clínicos randomizados de boa qualidade metodológica que demonstrem a magnitude dos riscos associados à terapia hormonal androgênica em níveis suprafisiológicos, tanto em homens quanto em mulheres" e "a crescente divulgação, entre a população, de novos métodos terapêuticos baseados no emprego de hormônios androgênicos ou outros tipos de suplementos sem evidências clínico-científicas que comprovem a sua segurança".
“Esta resolução é uma vitória da boa Medicina e da Ciência. Ela protege a sociedade de uma narrativa que vinha sendo contada de que existe segurança no uso de terapias hormonais para essas finalidades, e em doses supra fisiológicas, o que não é corroborado pelas evidências científicas disponíveis e coloca em risco a vida dos pacientes”, afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Paulo Augusto Miranda, em comunicado à imprensa.
A proibição do CFM contou com a mobilização de entidades médicas como SBEM, Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Exercício (SBMEE), Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e Associação de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Assuntos relacionados
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro