MULHERES
Climatério: é possível se manter sexualmente ativa na menopausa?
Especialista explica como a queda hormonal no período pré-menopausa afeta a vida sexual das mulheres
Por Da Redação
Com o aumento da longevidade, um questionamento ganha importância na vida das mulheres: é possível se manter sexualmente ativa a partir dos primeiros sinais do climatério e a chegada da menopausa? Antes de responder a esta pergunta, o médico ginecologista Jorge Valente explica o que são estas etapas e de que maneira elas afetam a saúde e a qualidade de vida da população feminina.
“O fim da menstruação é o marco para a chegada da menopausa. Quando a mulher fica por um ano ininterrupto sem menstruar, dizemos que ela entrou na menopausa”, relata o médico. Mas, antes de entrar na menopausa propriamente dita, as mulheres passam pela fase do climatério. “Iniciado com a queda dos hormônios sexuais, o climatério normalmente começa bem antes da menopausa, sendo este um período de muita insegurança e incerteza, pois, durante muito tempo, o tema “menopausa” ficou ligado a uma múltipla falência para a mulher que vive a perda da sua sexualidade, do vigor, da sua vivacidade e da sua capacidade de gerar filhos.
Os sintomas do climatério começam a acontecer, em geral, a partir dos 45 anos, que é quando a produção dos hormônios sexuais começa a baixar, fazendo com que se inicie o processo de perda da fertilidade, queda na libido, redução da lubrificação vaginal, irritabilidade, ganho de peso, dentre outros. Já a chegada da menopausa ocorre por volta dos 48 a 53 anos, quando então as taxas desses hormônios caem de forma abrupta. Mas, embora estes fatores levem as mulheres ao questionamento e preocupação sobre a manutenção de uma vida sexual ativa, o médico garante que a menopausa não é uma ‘aposentadoria para o sexo’.
“A sexualidade não está perdida na menopausa, a reposição hormonal e os cuidados nesta fase, a exemplo da prática de atividade física e adoção de uma dieta saudável, podem devolver toda a qualidade de vida, garantindo a manutenção da libido, reduzindo ou até mesmo anulando os sintomas que levam à perda do desejo sexual”, afirma Dr. Jorge Valente.
O especialista destaca o estrogênio como o principal balizador da resposta sexual apresentada pelas mulheres. Segundo ele, a redução na produção deste hormônio é responsável não só pela queda na libido e redução da lubrificação vaginal, mas, também, pela ocorrência da dispaurenia, que nada mais é do que as dores genitais que tornam a relação sexual dolorida e desconfortável. “Ao realizarmos a reposição deste e de outros hormônios sexuais, como por exemplo a testosterona, que também tem influência nestes sintomas, conseguimos fazer com que a resposta sexual aconteça de maneira semelhante com a que ocorria no pré-climatério”, diz o ginecologista.
Diante de todas as mudanças pelas quais passam neste período, é importante que as mulheres tenham um acompanhamento regular com um médico da sua confiança e que conversem abertamente com ele sobre como tem estado o seu desejo sexual. “Desta forma o profissional poderá avaliar as alterações orgânicas apresentadas e definir a melhor estratégia terapêutica para que ela tenha uma vida normal”, ressalta Dr. Jorge Valente.
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