SAÚDE REPRODUTIVA
Especialista esclarece mitos e verdades sobre a infertilidade
Informação de qualidade é importante aliada para superar condição que afeta 17,5% da população adulta
Por Da Redação
Em tempos de propagação de Fake News, a informação de qualidade é uma das grandes aliadas da saúde. A infertilidade ainda é um tema que provoca muitas dúvidas e é encarada como um tabu, especialmente por parte da população masculina.
Caracterizada pela ausência de gravidez em um casal com vida sexual ativa e que não usa medidas anticonceptivas por um período de um ou mais anos, a infertilidade atinge cerca de 17,5% da população global em idade reprodutiva, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
No século 21, as técnicas de Reprodução Assistida são indicadas não apenas para essa parcela de casais inférteis, mas também para ajudar mulheres ou homens que queiram ter filhos de maneira independente, além de casais homoafetivos.
“Com as novas configurações familiares da sociedade atual, a medicina reprodutiva ganhou um papel fundamental para ajudar essas pessoas a terem o direito de procriar”, afirma a médica Sofia Andrade, ginecologista e especialista em Reprodução Humana do Centro de Medicina Reprodutiva (Cenafert).
Sofia Andrade disse que há muita desinformação sobre o tema, mas confirmou que alguns dos pontos levantados em conversas são verdade.
“A endometriose é um dos principais fatores de risco para a infertilidade feminina, sendo responsável por mais de 30% dos casos de infertilidade nas mulheres. A endometriose atinge cerca de 10% das mulheres brasileiras e pode comprometer o sistema reprodutivo feminino, principalmente, em seu estágio mais avançado, quando a doença atinge as trompas”, afirmou.
Outro ponto levantado pela especialista do Cenafert é que homens vasectomizados e mulheres que fizeram a laqueadura de trompas podem ter filhos. “Eles não podem ter mais filhos espontaneamente, mas nos dois casos é possível recorrer à reprodução assistida, através da técnica de Fertilização in Vitro, para conseguir ter filhos”, conclui.
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