SAÚDE
Especialista tira dúvidas sobre polêmica cirurgia de aumento do pênis

Por Cássio Santana

Cada vez mais comum entre os procedimentos cirúrgicos que envolvem homens, a cirurgia de aumento do pênis traz à tona uma série de dúvidas, entre elas, se todo e qualquer homem pode ser submetido ao procedimento.
Ainda que ajude na autoestima masculina, o procedimento pode ter complicações, como explica o médico urologista, chefe do departamento de urologia do Hospital Ipiranga e chefe do departamento de reprodução humana do Hospital Albert Einstein, ambos em São Paulo, Dr. Sidney Glina.
Em entrevista ao programa Isso É Bahia, da A TARDE FM, nesta terça-feira, 13, Glina disse que a maioria dos homens que procura o procedimento são para fins estéticos e não “problemas de fato” relacionados ao órgão.
“A grande maioria dos homens que acham que querem aumentar o penis, porque o órgão não tem o tamanho idela, o que não é verdade. O pênis do brasileiro tem em média, em estado de ereção, 14cm, não é 25cm ou 30cm. A pessoa quer algo um pouquinho maior, o que é fantasia.”, disse.
“Essa cirurgia tem riscos e eu sempre falo isso para os pacientes: ‘Olha, se você tem uma insegurança em relação ao pênis, vale mais a pena você entender essa insegurança do que fazer um procedimento em que há grandes chances de não dar certo.”, alertou.
Segundo o urologista, há dois tipos de cirurgias que ajudam a aumentar o tamanho do pênis. Uma delas é para aumentar o comprimento e a outra é para aumentar a largura. Tanto uma quanto a outra podem ser feitas por qualquer homem.
No entanto, Glina ressalva que ambas as intervenções são indicadas em casos de micropênis. O micropênis, continua o médico, não representa um problema de saúde, no entanto, pode causar frustração e interferir diretamente na qualidade de vida do homem, fazendo com que ele busque pelo procedimento e por médicos que recomendem a cirurgia.
O médico enfatiza que a cirurgia peniana é a última opção de tratamento indicada em caso de problemas relacionados ao tamano do órgão, já que ela pode ter consequências como dificuldade de ereção, cicatrizes, infecção e até deformar o órgão.
“O homem tem essa percepção de que gostaria de ter o penis maior, é algo cultural. Mas o penis não precisa ser um órgão muito grande, ele precisa ter a capacidade de penetrar minimamente”, destacou.
Como explicou o especialista, a necessidade de fazer tal procedimento precisa sempre ser discutida com um médico urologista, que dirá quais são os benefícios e riscos em cada caso de forma isolada, entendendo o que o paciente realmente precisa.
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