SAÚDE
Estudo aponta idade ideal para parar de fumar e reduzir risco de morte
Cientistas identificaram que deixar hábito até os 35 anos reduz risco de morte ao nível de um não fumante
Pessoas que pararam de fumar até os 35 anos reduzem o risco de morte ao nível de quem nunca fumou um cigarro. A descoberta é resultado de um estudo publicado na revista JAMA, que analisou 500 mil adultos. O trabalho foi realizado por cientistas da Sociedade Americana do Câncer, da Universidade de Oxford e da Universidade Nacional da Malásia.
Na pesquisa, os pesquisadores usaram dados do National Health Survey dos EUA e do National Death Index, que registra os óbitos do país. Eles analisaram o preenchimento de questionários entre janeiro de 1997 e dezembro de 2018. Os participantes tinham entre 25 e 84 anos no momento do recrutamento. Entre eles foram incluídos fumantes atuais, ex-fumantes e não fumantes, que eram pessoas que fumaram menos de 100 cigarros na vida.
Segundo o estudo, 75 mil dessas pessoas morreram até o final de 2019. A mortalidade entre fumantes foi maior por qualquer causa em comparação com os que nunca fumaram. A probabilidade de morte por câncer, doenças cardíacas ou pulmonares também aumentaram.
Já as pessoas que deixaram o hábito antes dos 35 anos reduziram o risco de morte igual ao nível de pessoas que nunca fumaram. Contudo, pessoas que largaram o cigarro em idades mais avançadas também tiveram benefícios substanciais, mas as taxas de mortalidades foram maiores do que o público anterior.
De acordo com o estudo, ex-fumantes que deixaram o cigarro entre 35 e 44 anos apresentaram um aumento de 21% de risco de morte por qualquer causa. Já aqueles que pararam entre 45 e 54 anos mostraram um risco de morte por todas as causas 47% maior do que quem nunca fumou.
"Entre homens e mulheres de diversos grupos raciais e étnicos, o tabagismo atual foi associado a pelo menos o dobro da taxa de mortalidade por todas as causas (em comparação a) nunca fumar. [...] Parar de fumar, particularmente em idades mais jovens, foi associado a reduções substanciais no excesso relativo de mortalidade associado ao tabagismo contínuo", escreveram os responsáveis pela pesquisa.
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