Extrato envelhecido de alho e pressão arterial

A hipertensão afeta cerca de um bilhão de pessoas ou uma a cada quatro adultos no mundo todo e, é atribuída para em torno de 40% de mortes relacionadas à doenças cardiovasculares. Tratamentos médicos atuais incluem os medicamentos anti-hipertensivos tradicionais os quais nem sempre são efetivos, levando a uma grande proporção de hipertensos descontrolados. Além disso, os efeitos colaterais e a complexidade do tratamento influenciam na aderência ao tratamento. Os suplementos de alho tem sido associados com efeito de menor pressão arterial de relevância clínica em pacientes hipertensos. Apesar dos inúmeros tipos de preparações com alho, incluindo pó, óleo, cru ou cozido; o extrato de alho envelhecido é a preparação escolhida para o tratamento da hipertensão arterial.

O extrato envelhecido de alho contém componentes ativos e estáveis como a S-alilcisteína, a qual permite a padronização de dosagem. Além disso, ele tem um maior perfil de segurança do que outras preparações com alho e, não causam problemas de sangramento se ingeridos com outros medicamentos que "afinam" o sangue como a varfarina. As propriedades antihipertensivas do alho tem sido relacionadas com o estímulo do óxido nítrico intracelular e da produção de hidrogênio sulfídico e, o bloqueio da produção da angiotensina II, o que promove uma vasodilatação e consequentemente a queda da pressão arterial.

Os pesquisadores relatam que pessoas que apresentam efeitos colaterais com o alho normalmente tem uma baixa tolerância à alimentos contendo enxofre, assim como a cebola, estando relacionado a uma variação genética nas vias de detoxificação das enzimas enxofre-transferases, assim como status inflamatório e, níveis de molibidênio e vitamina B12. Pessoas sem intolerância podem apresentar poucos efeitos colaterais, que acabam desaparecendo após 1 semana de uso, como empachamento, flatulência e refluxo.

Referências

RIED, K. et al. Aged garlic extract reduces blood pressure in hypertensives: a doseresponse trial, European Journal of Clinical Nutrition, v.67, p.64-70, 2013.

Por Joyce Rouvier