OMS ALERTA
Falta de exercício: 500 milhões de pessoas terão doenças até 2030
Cerca de 31% dos adultos em nível global não atingiram os níveis recomendados de atividade física
Por Da Redação
Até 2030, 500 milhões de pessoas vão desenvolver doenças pela falta de atividade física, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados mostram que praticamente 1/3 dos adultos do planeta estão parados. São 1.8 bilhão de pessoas sem praticar atividade física suficiente.
A OMS recomenda 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade intensa por semana. Mas, em vez de diminuir, a chamada taxa de inatividade física vem aumentando desde o ano 2000.
A falta de atividade física expõe o grupo ao maior risco de contrair doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames. As enfermidades associadas ao problema incluem diabetes tipo 2, demência e cânceres, como o da mama e do cólon.
As maiores taxas de inatividade física ocorreram na região de alta renda da Ásia-Pacífico, com 48%, e no Sul da Ásia, com 45%. O estudo publicado na revista de saúde The Lancet envolveu pesquisadores da OMS e outros acadêmicos.
Em países ocidentais de alta renda, os níveis de inatividade chegam a 28% e na Oceania em torno de 14%.
Oportunidade perdida para reduzir o câncer
Para o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, as constatações da análise destacam “uma oportunidade perdida para reduzir o câncer, doenças cardíacas e melhorar o bem-estar mental por meio do aumento da atividade física”.
Ele defende que os países do mundo renovem os compromissos com o aumento dos níveis de atividade física e priorizem ações ousadas, incluindo políticas reforçadas e aumento do financiamento, “para reverter a tendência preocupante.”
As disparidades na inatividade física são salientes entres gênero e idade. A situação é mais comum entre mulheres em comparação com homens, com taxas de inatividade de 34% em comparação com 29%. Em alguns países, essa diferença chega a 20 pontos percentuais.
As pessoas com mais de 60 anos são as menos ativas do que outros adultos, no que ressalta a importância de se promover a atividade física para os mais idosos.
Políticas para promover a atividade física
O estudo aponta, no entanto, sinais de melhora observados em quase metade dos países do mundo na última década. Se essa tendência se mantiver, pelo menos 22 nações consideradas como estando “no rumo certo para atingir a meta global” deverão reduzir a falta de atividade física em 15% até 2030.
A OMS pede aos países que reforcem a implementação de políticas para promover e permitir a prática da atividade física por meio de esportes de base e comunitários, da recreação ativa e promovo a caminhada, o ciclismo e o uso de transporte público.
Outra sugestão é que os governos e ONGs fechem parcerias e aumentem fundos para abordagens inovadoras. A meta é alcançar as pessoas menos ativas e reduzir as desigualdades no acesso a medidas que promovam e melhorem a prática da atividade física.
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