Imunoterapia no combate ao câncer

Durante décadas a quimioterapia e a radioterapia são métodos que auxiliam no tratamento do câncer, mas em muitos casos elas não surtem o efeito esperado e ocorrem as recidivas, daí a necessidade uma terapia complementar: a imunoterapia. A imunoterapia já é empregada no combate à hepatite e às doenças alérgicas e, tem como finalidade o fortalecimento do sistema imune (produção de anticorpos) para que este produza uma potente resposta anti-tumoral através da modulação dos antígenos produzidos pelas células tumorais.

Os medicamentos imunoterápicos, além de induzir a morte das células tumorais através do bloqueio das vias de sua sobrevivência, os anticorpos terapêuticos podem marcar as células tumorais para que estas sejam reconhecidas pelas células do sistema imune, ou seja, impede as recidivas. No nosso organismo as principais células que ajudam na defesa contra o tumor são as células T que tem como função lisar as células tumorais ou liberar as citocinas imunomoduladoras e, são divididas em CD4 (Th) e CD8 (CTL).

Outros medicamentos imunoterápicos visam modular e inibir a expressão do VEGF responsável pela angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos) que é essencial no crescimento e proliferação do tumor. Diversos estudos com esse tipo de anticorpo terapêutico foram realizados, como por exemplo em câncer de mama, pulmões, renal e colónretal. Apesar de serem menos agressivos do que a quimioterapia podem provocar eventos inflamatórios na pele e no intestino e, devem ser controlados pela prescrição e controle médicos.

Referências:

BORGHAEI, H et al. Immunotherapy of cancer, Eur J Pharmacol, v.625, n.1-3, p.41-54, 2009.

WEINER, L.M. et al. Antibody-based Immunotherapy of cancer. Cell, v.148, 2012.

Por Joyce Rouvier