Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > SAÚDE
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
08/04/2024 às 8:00 - há XX semanas | Autor: Jane Fernandes

CUIDADO

Mais comum até os 40, doença autoimune pode ser incapacitante

Diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para evitar sequelas

Doença tem maior incidência em homens
Doença tem maior incidência em homens -

Apesar do nome pouco familiar para a maior parte da população, a espondilite anquilosante (EA) atinge cerca de 1,5% da população mundial e pode provocar danos irreversíveis se não for diagnosticada e tratada na fase inicial. É uma doença inflamatória crônica, de origem autoimune, e causa desconhecida, que atinge principalmente pessoas abaixo dos 40 anos, com maior incidência em homens.

Segundo o reumatologista Rafael Carvalho, da Clínica Ibis, a EA acomete a região da coluna vertebral e evolui de forma ascendente, se manifestando inicialmente próximo da bacia e da coluna lombar, e depois sobe progressivamente até alcançar o pescoço. Uma característica bastante específica da doença é que as dores provocadas melhoram com a movimentação do corpo, o que os especialistas chamam de lombalgia de ritmo inflamatório.

“Mais do que uma dor aguda, como se fosse uma pancada, a espondilite provoca uma rigidez que dá dificuldade de se mexer, uma dificuldade na amplitude do movimento, parece que está dentro de uma armadura”, explica o médico. Essa rigidez matinal será notada especialmente em movimentos de curvar o tronco para a frente, como o praticado quando uma pessoa vai calçar os sapatos, por exemplo.

Quando diagnosticada até um ano após o início do seu desenvolvimento, a espondilite anquilosante habitualmente responde bem aos tratamentos disponíveis, evitando sequelas e possibilitando uma boa qualidade de vida ao paciente. O Brasil tem registrado até oito anos de atraso no diagnóstico da doença, um período de peregrinação em busca de solução, piorando o prognóstico, pois apesar de lenta, a progressão da doença é contínua.

A doença é reumatológica, mas por provocar dores na coluna, os pacientes tendem a primeiro procurar um ortopedista. Carvalho comenta que é comum receber pessoas encaminhadas por esses especialistas e o esperado é que eles sempre tenham essa hipótese diagnóstica na sua avaliação. Um diferencial importante da EA para patologias como a hérnia de disco é a piora com o repouso, pois no caso das hérnias, ficar parado tende a reduzir o quadro de dor.

“Pode acometer articulações fora da coluna, principalmente a inserção do tendão do calcanhar, o tendão de aquiles”, ressalta o reumatologista, acrescentando a possibilidade de atingir os joelhos e a inserção das costelas no osso esterno (na frente do tórax). Há ainda uma manifestação importante fora da parte óssea, a uveíte, uma inflamação nos olhos que ocorre principalmente nos homens com EA.

Assim como ocorre com outras doenças autoimunes, a espondilite anquilosante pode se manifestar associada a outra patologia com origem no sistema imunológico. Na EA, a associação mais frequente é com a psoríase, cuja principal manifestação é dermatológica, também sendo comum que seja acompanhada por doenças intestinais inflamatórias.

Diagnóstico

O diagnóstico da espondilite anquilosante começa no exame clínico, conta o especialista, com a realização de manobras capazes de identificar a presença da lesão lombar típica da doença - principalmente na articulação de encontro da coluna com a bacia, a sacroilíaca. O paciente também fará um exame de sangue para identificação do marcador HLA B-27 e uma ressonância magnética da região.

Geralmente o tratamento começa com o uso de anti-inflamatórios, caso esses medicamentos não tenham o efeito esperado sobre o quadro do paciente, a indicação é utilizar imunobiológicos. Mesmo quando o tratamento é iniciado precocemente, a tendência é que seja mantido por toda vida. “Em alguns casos, a gente consegue reduzir as doses ou aumentar o intervalo entre uma dose e outra, mas é pouco provável que o paciente consiga ficar sem nada”, comenta Carvalho.

Se o tratamento é iniciado tardiamente, o paciente pode provocar danos sem possibilidade de reversão ou que exijam intervenções cirúrgicas para minimizar as perdas funcionais. Entre as sequelas relacionadas à espondilite estão a artrose de quadril, destacada pelo médico como “bem incapacitante”, e a perda de acuidade visual resultante da uveíte.

Pode evoluir para uma sequela de coluna muito grave, com perda funcional muito importante, como não conseguir olhar para cima. O paciente adota uma postura que a gente chama de postura do esquiador, ele fica curvado para frente e uma vez que a sequela se estabelece não tem muito o que fazer”, alerta. Por outro lado, quando o tratamento é “bem precoce, ele volta a fazer exatamente tudo que sempre fez”.

Assuntos relacionados

doenças autoimunes dor na coluna espondilite anquilosante inflamação crônica reumatologia rigidez matinal

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

doenças autoimunes dor na coluna espondilite anquilosante inflamação crônica reumatologia rigidez matinal

Cidadão Repórter

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Assuntos relacionados

doenças autoimunes dor na coluna espondilite anquilosante inflamação crônica reumatologia rigidez matinal

Publicações Relacionadas

A tarde play
Doença tem maior incidência em homens
Play

Veja quais são os riscos de fazer bifurcação da língua

Doença tem maior incidência em homens
Play

Excesso de telas aumenta miopia na infância

Doença tem maior incidência em homens
Play

Terapeutas e escritores debatem a depressão em série de entrevistas

Doença tem maior incidência em homens
Play

Infectologista condena liberação de máscaras em locais fechados

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA O CARRASCO POLÍTICA