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08/10/2024 às 18:21 • Atualizada em 09/10/2024 às 10:13 - há XX semanas | Autor: Carla Melo*

TECNOLOGIA

Maternidade na Bahia reduz em 50% demora em serviços urgentes

Projeto de estudantes pesquisadores da Universidade Federal do Recôncavo Baiano conseguiu otimizar demandas usando Digital Twin

Dados foram apresentados em congresso de tecnologia
Dados foram apresentados em congresso de tecnologia -

Tudo começou há um ano e meio quando um grupo de pesquisadores de engenharia da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) conseguiu implementar uma potente ferramenta tecnológica para solucionar um gargalo em um hospital em Feira de Santana: reduzir em até 50% a demora por atendimentos em serviços de urgência. Apesar de ter sido algo novo, o projeto está há cinco anos sendo trabalhado pelo grupo.

Com a utilização do digital twin, ou os gêmeos digitais em tradução livre, os estudantes de um projeto de pesquisa da instituição conseguiram projetar uma planta virtual igual a planta do Hospital da Mulher para que todos os setores fossem organizados sem que fosse modificados.

Essa análise permitiu que fossem localizados todos os profissionais de saúde e pacientes da instituições utilizando os dados reais já existentes Dessa forma, seria possível ver em qual setor estava precisando de atenção.

“O hospital tinha grandes problemas, que era a liberação de exames de urgência, já que as pacientes muitas vezes tinham alta ou o bebê tinha alta, mas ficava esperando 4 ou 5 horas por esses exames de urgência, seja para ir para o parto ou para ter alta, principalmente quando era para ir para o parto. O principal desafio a ser trabalhado era entender como era esse fluxo desde o momento em que era solicitado o exame, até o momento que era feito a entrega do resultado”, explica Cristiane Pimentel, pesquisadora e docente da UFRB.

Cristiane Pimentel, pesquisadora e docente da UFRB
Cristiane Pimentel, pesquisadora e docente da UFRB | Foto: Carla Melo | Ag. A Tarde

O trabalho consistia em simular quais os locais os profissionais de saúde deveriam passar para atender os pacientes que precisavam de exames específicos e aqueles que corriam algum tipo de risco. Para que isso fosse possível, essas informações foram inseridas no simulador e sensores foram utilizados para que a presença dos profissionais fosse detectadas no local.

Isso permitiu que o tempo de atendimento para essas demandas fosse reduzido de 4h/5h para 2h, cerca de 50% da demanda de exames de liberação. “Você otimiza tempo de centro cirúrgico, porque um centro de obstetrícia custa caríssimo. A gente agora está fazendo um estudo de fluxo de maqueiro porque a gente tem um gargalo muito grande nas unidades de saúde e nas recepções. Quando o pessoal chega, principalmente nas unidades SUS, as pessoas esperam muito tempo pelo atendimento inicial. Queremos verificar o que a gente pode modificar em termos desse fluxo desse atendimento”, continua a pesquisadora, que também é membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE).

Outro estudo sendo realizado pelos pesquisadores é o de otimização do leito de limpeza para a liberação de leito ara a admissão. Pensando nisso, foi desenvolvida uma simulação de limpeza daquele leito no simulador. Também está em fase de implementação, a inclusão de um smartwatch em que o enfermeiro, a pessoa responsável pela limpeza e o maqueiro vão ter a informação que pode aliar a pessoas profissionais para auxiliar nessa tomada de decisão mais rápida, junto com o simulador.

O alcance foi tão importante que foi premiado. Foi reconhecido como a única universidade entre os 10 melhores trabalhos do Brasil pelo Sírio Libanês. Cristiane se emociona ao lembrar do reconhecimento que demorou anos para ser posto em viabilidade.

“Nós não tínhamos recurso nenhum para fazer, e de repente você vê, há cinco anos quando o projeto começou, quando fomos para o Sirio apenas conhecer grandes trabalhos no Brasil. Cinco anos depois a gente volta entre os melhores trabalhos, então é fantástico. E principalmente porque foi um trabalho que a gente iniciou sem nenhuma perspectiva. A gente enviou mensagem a todas as unidades de saúde da Bahia e não teve apoio. O hospital da mulher abriu as portas”, disse Cristiane.

O próximo passo é levar o projeto de forma social, de modo que atenda unidades SUS e forma aberta. As próximas unidades que podem ser agraciadas com o projeto é o Hospital da Criança e o Martagão Gesteira.

“O projeto tem mais de 45 artigos, livro lançado, tem mais de 5 registros de jogos digitais que a gente desenvolveu para ensino dessas tecnologias para as unidades de saúde. Então hoje, para 2025, a gente vai estar transformando em uma startup e levando isso de uma forma social inicialmente. Nosso objetivo é basicamente unidades SUS e porta aberta, porque tem um foco social por trás do projeto. A gente já foi contactado por algumas unidades de saúde de Feira de Santana e o pessoal da Liga do Martagão Gesteira e Hospital da Criança”, finaliza ela.

*A repórter viajou para São Paulo à convite do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE)

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