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Médica é acusada de falsos diagnósticos de câncer e falsas cirurgias

Mulher aproveitava resultado para conseguir dinheiro com procedimentos desnecessário, aponta investigação

Publicado segunda-feira, 18 de março de 2024 às 21:20 h | Atualizado em 18/03/2024, 21:46 | Autor: Da Redação
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A Polícia Civil do Paraná investiga 22 queixas feitas contra a médica Carolina Biscaia Carminatti, de 35 anos, que atua na cidade de Pato Branco e é acusada por pacientes de aplicar golpes informando falsos diagnósticos de câncer de pele, na intenção de lucrar com a realização de procedimentos cirúrgicos sem efeito.

Só uma das vítimas teria sido lesada em cerca de R$ 13 mil, além do trauma e das cicatrizes. Caso indiciada, ela poderá responder pelos crimes de estelionato, lesões corporais e falsificação de documento particular.

A polícia recebeu uma série de denúncias dos pacientes que haviam descoberto que os diagnósticos de câncer entregues por Biscaia seriam falsos. Com a repercussão do caso, o número de supostas vítimas só aumentou: pessoas que dizem ter perdido de R$ 5 mil a R$ 13 mil em procedimentos falsos.

Os investigadores cumpriram mandado de busca e apreensão no consultório da médica e foram recolhidos computadores, celulares e documentos, que passam por perícia.

Como acontecia?

As vítimas procuravam a médica para uma consulta dermatológica por conta de algum problema e, já na primeira consulta, a médica olhava pintas, manchas na pele e indicava que podia ser câncer. Com isso, ela recolhia o material para mandar para exame e, na sequência, marcava uma nova consulta onde mostrava um laudo supostamente falsificado onde constava que aquela pessoa estava com câncer, conta o delegado Helder Andrade Lauria, à frente das investigações. 

O advogado André Luiz Rodrigues Hamera, conta que as vítimas começaram a desconfiar quando pediram os exames à médica, que apontavam o suposto câncer, e ela retornava via WhatsApp com um documento cheio de erros. Quando foram ao laboratório informado no papel confrontar as informações, descobriram que a empresa também era vítima do suposto esquema.

A polícia investiga o caso.

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