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23/11/2023 às 20:35 - há XX semanas | Autor: Agência Brasil

DISPARIDADE

Mortes maternas de negras são mais que o dobro que de brancas

Estudo considera mortes registradas em até 42 dias do fim da gestação

Foram 100,38 mortes de mães pretas para cada 100 mil nascidos vivos
Foram 100,38 mortes de mães pretas para cada 100 mil nascidos vivos -

Dados de 2022 mostram que a mortalidade materna entre mulheres negras é mais que o dobro em comparação a de mulheres brancas. Foram 100,38 mortes de mães pretas para cada 100 mil nascidos vivos, contra 46,56 de mães brancas. No caso das pardas, a incidência é de 50,36.

O levantamento consta na Pesquisa Nascer no Brasil II: Inquérito Nacional sobre Aborto, Parto e Nascimento, elaborada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (23).

De acordo com o estudo, a diferença de mortalidade materna entre negras e brancas é uma realidade constante no país.

Em 2016, as mortes maternas de negras somavam 119,4 por 100 mil nascidos vivos, enquanto as de mulheres brancas eram 52,9. Durante a pandemia, em 2020 e 2021, as proporções aumentaram: 194,8 em mulheres negras e 121 para brancas em 2021. No ano anterior, 127,6 negras e 64,8 brancas.

O indicador apura mortes registradas em até 42 dias após o fim da gestação, provocadas por causas ligadas à gestação, ao parto e ao puerpério.

O Brasil assumiu compromisso das Nações Unidas de reduzir a razão para 30 mortes maternas a cada 100 mil nascidos vivos até 2030.

Causas

O estudo aponta uma série de causas para a mortalidade materna maior entre a população feminina negra e parda. Entre elas, pré-natal tardio, doenças, gestação precoce, local de internação e peregrinação para conseguir fazer o parto.

Pré-natal tardio: 13,4% das mulheres pretas e pardas iniciaram o atendimento no segundo trimestre da gravidez – considerado tardio. Entre as brancas, o percentual é de 9,1%.

Morbidade: quanto à presença de uma doença na gestação, as gestantes negras apresentam os maiores percentuais. Hipertensão arterial grave (58,5% negras, 54,8% pardas e 50,1% brancas) e pré-eclâmpsia grave (26,5% negras, 25% pardas e 16,9% brancas).

Idade da gestação: a maioria das grávidas pretas e pardas tem entre 10 e 19 anos, 15,9% e 13,8%, respectivamente. As gestantes brancas são maioria nos casos de gestações após 35 anos, 18%.

Local de internação: mulheres pretas e pardas se internam mais em hospitais públicos para parto ou aborto em comparação às brancas: 66,9%, 63% e 55,2%. Por região, Nordeste tem índices mais altos de gestantes pardas (31%) e o Sudeste, de brancas (39,6%) e pretas (41,6%).

Peregrinação para o parto: Quase 20% das mulheres pardas e 19% de pretas tiveram de procurar atendimento médico em mais de uma unidade de saúde para o parto. A mesma situação foi enfrentada por 14% das brancas.

Ações

O Ministério da Saúde informa que várias medidas estão sendo adotadas para reverter esse cenário.

Uma das prioritárias é a construção de 30 maternidades e 30 centros de parto normal, previstos no Novo PAC, programa de investimento do governo federal, no valor de mais de R$ 93,8 milhões. No total, o PAC na Saúde desembolsará R$ 30,5 bilhões nos próximos quatro anos em melhorias na rede pública.

Outras medidas são a contratação de 30 mil profissionais pelo Mais Médicos, até o fim do ano, que poderão oferecer pré-natal e acompanhamento das gestantes em regiões de maior vulnerabilidade social e repasse de R$ 870 milhões, neste ano, a estados e municípios para custeio de equipes multiprofissionais (nutricionistas, fisioterapeutas, pediatras, psicólogos, ginecologistas e farmacêuticos).

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