SAÚDE
Nível de colesterol tem origem genética em 70% dos casos

Por Gabriela Albach | A TARDE SP

O colesterol elevado é uma das principais causas de infarto e de acidente vascular cerebral (AVC). Ambos se enquadram no grupo de doenças cardiovasculares que mais matam no Brasil. Comemorado nesta terça-feira, 8, o Dia Nacional do Combate ao Colesterol foi instituído para prevenir e conscientizar sobre o problema.
De acordo com a última pesquisa da Organização Mundial da Saúde sobre as principais causas de morte, as doenças cardiovasculares são as que mais causam vítimas no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), somente no Brasil, esse número chega a 300 mil pessoas.
O colesterol é um tipo de gordura presente em diversos alimentos e é dividido em dois tipos: o mau colesterol (LDL) e o bom colesterol (HDL). "O HDL é conhecido como colesterol bom, porque retira a gordura dos órgãos, levando-as até o fígado, para que ele o descarte. O LDL é o colesterol ruim. Este, quando elevado, pode formar placas que entopem as artérias do coração", explica Valdir Schwerz, cardiologista da Clínica Fares.
O LDL elevado é um dos principais fatores de risco à saúde do coração, assim como hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade e sedentarismo. Cerca de 70% do nível de colesterol no sangue de uma pessoa tem origem genética e 30% está relacionado a fatores alimentares e comportamentais.
"Ninguém morre de colesterol alto, mas do que ele provoca. O colesterol alto é uma alteração crônica e o tratamento deve ser indicado por médico de confiança e mantido por toda vida, aliado a cuidados com alimentação saudável e a prática de exercícios", afirma Schwerz.
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta para a importância de manter os níveis de LDL controlados. De acordo com o Dr. Fábio Lario, cardiologista do hospital, é fundamental que as pessoas conheçam quais são os seus índices de colesterol, sobretudo se possuírem parentes de primeiro grau com história de infarto ou de colesterol muito elevado.
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Taxas
"O ideal é que até os 20 anos de idade as pessoas já tenham dosado os níveis de colesterol. Assim, caso os índices estejam alterados, o paciente pode ser orientado e encaminhado para o tratamento mais adequado", afirma Lario.
Levantamento realizado em março deste ano pelo Instituto Ipsos aponta que 67% das pessoas entrevistadas não sabiam informar quais as suas taxas de colesterol atuais. Além disso, 65% das pessoas só realizam os exames após os 45 anos de idade, sendo que 11% dos entrevistados nunca mediram os níveis de colesterol. Além do fator genético, a alimentação incorreta, rica no consumo de gorduras de origem animal e gordura saturada, também é considerada um fator importante para o aumento dos índices.
A nutricionista do Hospital e Maternidade São Cristóvão Cintya Bassi alerta que, para preservar a saúde do coração, o ideal é comer alimentos cardioprotetores porque contribuem para a redução do colesterol ruim e triglicérides, reduzem a pressão arterial e diminuem a agregação plaquetária, condição que pode favorecer a formação de trombos e prejudicar a circulação sanguínea. Prevenção, alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos são as melhores formas de controlar os índices.
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