SAÚDE
Produção de hormônios pode afetar nas relações sexuais, diz especialista
Ocitocina, testosterona, progesterona e estradiol. Nomes complicados, mas que estão ligados a fatores que estão ligados diretamente ao desempenho sexual do ser humano. Todos eles são hormônios relacionados ao amor e com capacidade de prolongar o orgasmo na pessoa.
Segundo o ginecologista da Clínica Elsimar Coutinho, Jorge Valente, durante live do A TARDE Conecta, no Instagram do Grupo A TARDE, na tarde desta sexta-feira, 12, alguns destes hormônios, a exemplo da ocitocina, quando produzidos em doses adequadas pelo corpo, podem retardar a ejaculação e favorecer ao orgasmo múltiplo nas mulheres.
Contudo, conforme o médico, “o equilíbrio gera libido”. Hormônios produzidos ou administrados em excesso no organismo podem causar efeitos contrários no corpo, como favorecer o surgimento da ejaculação precoce.
“Muitas vezes o problema não está na libido, mas no prazer. Por exemplo, a mulher não sente prazer e o homem não te ereção. Ocitocina pode ajudar na sensibilidade da mulher e na melhoria da ereção no homem”, explica Jorge Valente.
Sendo assim, o especialista destaca o papel fundamental da reposição hormonal como uma das alternativas na busca pelo aumento da libido, melhorando questões referentes ao desejo, à disposição sexual e na lubrificação das mulheres.
Pandemia e isolamento social
O aumento do estresse decorrente da pandemia do novo coronavírus e da recomendação de isolamento social também pode afetar diretamente a produção de hormônios no corpo.
Segundo Jorge Valente, a ansiedade pode causar desequilíbrio em hormônios como cortisol, que é o hormônio do estresse, e essa alteração causa impacto nos hormônios sexuais.
Além disso, esta mudança pode ser percebida de forma diferente entre homens e mulheres pela maneira como cada um enxerga o sexo.
“Existem também diferenças no enxergar o sexo entre o homem e a mulher. O homem usa o sexo como se fosse um ansiolítico, ele tem relação para ficar mais tranquilo. A mulher tem comportamento diferente, ela precisar estar bem e tranquila para ter relação sexual”, comenta Jorge Valente.
“Muito provavelmente este momento cause maior impacto nas mulheres por esta característica diferente na libido masculina e feminina”, completa.
Outras opções
O ginecologista Jorge Valente também ressalta que, em muitos casos, principalmente de pessoas mais jovens, não existe necessidade de se realizar uma reposição hormonal e que estes hormônios podem ser estimulados a serem produzidos a partir de outros fatores.
Com isso, Jorge oferece, durante conversa no projeto A TARDE Conecta, três opções que podem ajudar o organismo na produção correta dos hormônios e, consequentemente, melhorar a vida sexual: terapia, alimentação saudável e atividades físicas.
“A terapia vai ajudar a diminuir o nervosismo, neste ponto é possível até a utilização de medicamentos. Já a alimentação saudável ajuda a manter o intestino não inflamado e isso impacta diretamente na produção da serotonina e dopamina, que estão ligados a felicidade, e a atividade física ajuda a manter o corpo funcionando e evitando o sobrepeso ou obesidade, por exemplo”, alerta o médico.
Evitar o excesso de glúten, derivados do leite e álcool podem contribuir com esse processo. Por outro lado, é recomendado um aumento no consumo de frutas, verduras, legumes, além de ingestão correta de água.
Jorge destaca também que estas são opções para ter um estilo de vida saudável e melhorar nas questões hormonais, e não relacionado a busca de um corpo específico. “Ter uma gordurinha localizada não faz mal, o que precisa evitar é a obesidade”, explica.
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