4:20
Saiba porque 20 de abril é considerado o Dia da Maconha
Dia da Maconha começou a ser celebrado nos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo
Por Da Redação
Todo 20 de abril, pessoas do mundo inteiro costumam celebrar o “Dia da Maconha”. A data faz referência ao número “420”, considerado simbólicos para os usuários da droga, e começou a ser comemorada nos Estados Unidos da América (EUA) nos anos 1990.
A chave para entender a escolha, inicialmente, passa por saber que, nos EUA, as datas são escritas com o mês antes do dia. Ou seja: 20 de abril se torna “4-20” entre os norte-americanos.
A versão mais aceita para a “sacralidade” desses numerais entre os usuários da droga é que, em 1971, um grupo de adolescentes de uma cidade da Califórnia se encontrava às 16h20, depois das aulas, para fumar maconha. Nos EUA, esse horário em específico é escrito como “4:20 PM”.
A referência ao “4:20” teria se espalhado após o irmão de um desses adolescentes ter revelado a história para membros da banda Greateful Dead, que teria dado vazão ao número entre os artistas do seu círculo musical mais próximo.
Mas o fato definitivo teria ocorrido mesmo no início dos anos 1990, quando, em um show da banda, distribuíram um aviso ao público pedindo para que as pessoas se encontrassem às “4:20 PM” do dia “4-20” para “quatrovintar”, em uma clara referência para o ato de fumar maconha. A história foi revelada pela revista High Times, se espalhando pelos Estados Unidos.
A partir disso, atos públicos passaram a ser feitos no dia 20 de abril para celebrar a droga e pedir sua legalização. Hoje, a maconha é legalizada em 23 dos 50 estados norte-americanos, onde as lojas que vendem a erva legalmente costumam fazer promoções na data.
Além desses estados norte-americanos, o uso recreativo da maconha é permitido em outros países do mundo, como Uruguai (desde 2013), Canadá (2018), México (2021), Malta (2021), Tailândia (2022), Luxemburgo (2023) e Alemanha (2024).
Em diversas outras nações, o uso recreativo não é totalmente permitido, mas sim flexível. Na Holanda, por exemplo, a venda e o consumo da maconha não são considerados legais, mas são tolerados pela legislação, que estabelece locais fechados e credenciados para a comercialização e uso da droga.
Na Espanha, é permitido produzir maconha em locais particulares para uso próprio. Mas a utilização em público é definitivamente proibida. No vizinho Portugal e na Geórgia, a utilização da droga também é permitida, mas o tráfico é totalmente ilegal.
Há também um caso único no continente africano. A Corte Suprema da África do Sul declarou em 2018 que é inconstitucional proibir o uso privado de maconha por pessoas adultas. A venda, porém, ainda precisa de regulamentação do parlamento.
Enquanto esses países, caminham para a descriminalização da maconha, o Brasil tenta seguir o caminho contrário: na última terça-feira, 16, o Senado Federal aprovou um projeto de lei para criminalizar a posse de qualquer quantidade da droga.
A movimentação no Senado seria uma resposta ao STF (Supremo Tribunal Federal), que está em julgamento para definir sobre a descriminalização da maconha. Até o momento, a Corte tem um placar de 5 a 3 a favor de permitir a posse da droga para uso, restando ainda os votos de três ministros.
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