SAÚDE
Saiba quais os desafios e tratamentos para constipação em idosos
É essencial ficar atento ao bom funcionamento intestinal e adotar ações para regularização do ritmo interno
A constipação intestinal ou prisão de ventre é um problema comum que afeta pessoas de todas as idades, mas pode se tornar mais predominante e desafiador em idosos. Com o envelhecimento, ocorrem alterações no sistema digestivo e outras condições médicas podem contribuir para a constipação nessa faixa etária.
Entre os principais desafios a serem driblados estão o uso de medicamentos, hidratação inadequada e falta de exercício. Geralmente, os idosos consomem múltiplos medicamentos para gerenciar condições de saúde crônicas e alguns deles, como analgésicos opioides, antidepressivos e diuréticos, podem contribuir para a constipação.
Devido aos problemas dentários, dificuldades de mastigação, mobilidade e falta de apetite, os idosos podem ter dietas deficientes em fibras e baixa ingestão de líquidos, o que também pode levar à constipação.
Além disso, a falta de atividade física e o sedentarismo são comuns em idosos, o que pode levar a um funcionamento intestinal mais lento. A diminuição da mobilidade e o repouso prolongado podem contribuir para o problema.
Ficar atento ao bom funcionamento intestinal e adotar ações que ajudem na regularização do ritmo interno do idoso devem ser prioridades para a melhora da qualidade de vida nessa faixa etária. Para isso, é preciso adotar estratégias de tratamento e, consequentemente, a qualidade de vida.
O que fazer?
De acordo com Glicia Abreu, coloproctologista do Serviço Estadual de Oncologia (Cican), é imprescindível o incentivo a uma dieta rica em fibras para promover um trânsito intestinal saudável. "Incluir alimentos como frutas, vegetais, grãos integrais e leguminosas é o mais indicado, assim como a possibilidade de uso de suplementos de fibras, sempre com orientação médica", explica.
Outro ponto fundamental é garantir que os idosos consumam líquidos em quantidade suficiente é importante para amolecer as fezes e facilitar sua passagem. Incentivar a ingestão regular de água e outros líquidos saudáveis, como sucos naturais e sopas, deixam o idoso hidratado e ajuda na regularidade do intestino.
Glicia Abreu também destaca a importância de estimular a atividade física e promover a mobilidade na abordagem terapêutica. "Encorajar caminhadas diárias e exercícios de baixo impacto, sempre respeitando as limitações individuais, pode melhorar a função intestinal", pontua a especialista, ressaltando também a importância de avaliação médica na lista de medicamentos do idoso para identificar aqueles que podem estar contribuindo para a constipação. "Em alguns casos, pode ser possível ajustar as doses ou substituir medicamentos por alternativas que causem menos impacto na função intestinal", garante.
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