LIPEDEMA
Simpósio na capital aborda doença que atinge 10 mi de mulheres no país
Patologia de difícil diagnóstico é tema de evento no centro de convenções do H. Mater Dei
Por Amanda Souza
Imagine sentir suas pernas pesadas como chumbo e uma sensação de dormência e formigamento constantes? Isso é o que significa viver com lipedema, uma condição que afeta pessoas em todo o mundo, principalmente mulheres. E, por conta da dificuldade do diagnóstico, o assunto será debatido no I Simpósio Baiano de Lipedema, no Centro de Convenções do Hospital Mater Dei, que começa hoje.
“A gente vai conseguir conversar com os profissionais de saúde, alertar sobre esse problema tão importante e permitir que as mulheres tenham acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado”, afirma Fábio Kamamoto, diretor do Instituto Lipedema Brasil.
O lipedema é uma condição caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura, geralmente nas pernas, coxas e, em alguns casos, nos braços.
Essa gordura tende a se acumular de forma simétrica e pode levar a um aumento desproporcional do tamanho das extremidades afetadas em relação ao restante do corpo.
“Estima-se que a população de mulheres com lipedema no mundo seja de 9% a 10%. No Brasil, a gente imagina que deve haver cerca de 10 milhões de brasileiras com lipedema”, afirma o Fábio Kamamoto. Os principais sintomas são: dores nas pernas, dor em peso, dor em queimação, fragilidade capilar, piora progressiva do volume das pernas e braços.
Atualmente, a principal dificuldade de diagnosticar a condição é a falta de um teste específico. “Também há falta de conhecimento sobre essa doença, uma vez que isso se confunde com obesidade. As dores nas pernas podem ser interpretadas como problema de varizes e o volume pode parecer linfedema”, diz Fábio.
O evento é realizado pelo Instituto Lipedema Brasil, principal centro de referência no tratamento no país, que também vai inaugurar uma nova unidade no Nordeste em Salvador.
Uma presença confirmada é a ex-BBB Amanda Djehdian, vice-campeã da edição de 2015. Ela começou a sentir os sintomas ainda na adolescência. “Hoje, minha qualidade de vida é outra. Não tenho mais dores nem hematomas”, afirmou.
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