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SAÚDE

Trabalhar sentado aumenta risco de morte prematura, diz estudo

Pesquisa analisou as informações de 481.688 indivíduos por duas décadas

Por Da Redação

22/01/2024 - 18:24 h
Pesquisadores defenderam mudanças na rotina de trabalho para melhorar a saúde dos profissionais.
Pesquisadores defenderam mudanças na rotina de trabalho para melhorar a saúde dos profissionais. -

Uma pesquisa revelou que pessoas que passam longos períodos da jornada de trabalho sentadas correm maior risco de morte prematura. A descoberta, feita por pesquisadores da Universidade Médica de Taipei, em Taiwan, foi publicada na revista Jama Network Open, na sexta-feira, 19.

A pesquisa analisou as informações de 481.688 indivíduos por duas décadas, focando na jornada de trabalho e os hábitos para manter a saúde física. Os dados fora ajustados por sexo, idade, tabagismo, consumo de álcool e índice de massa corporal (IMC).

Ao longo das duas décadas, 26.257 pessoas registradas no estudo morreram. Entre elas, 15.045 (57%) ocupavam cargos que as faziam passar a maior parte do dia sentadas.

De acordo com os resultados, os voluntários que passavam a maior parte da jornada de trabalho sem se movimentar tinham 16% mais risco de sofrer uma morte prematura. Para o grupo que permanecia sentado por mais tempo, o número aumentou para 34% no risco de morte por doenças cardiovasculares.

Os voluntários que levavam uma rotina híbrida não apresentaram um risco de morte aumentado.

Os pesquisadores apontaram o risco de morte prematura e o desenvolvimento de doenças cardíacas pode ser compensado com 15 a 30 minutos de exercícios vigorosos por dia. Eles defenderam mudanças na rotina de trabalho para melhorar a saúde dos profissionais.

Pausas mais frequentes, mesas em pé, áreas de trabalho designadas para atividades físicas e benefícios de inscrição em academias são algumas das sugestões feitas pelos cientistas.

“Como parte do estilo de vida moderno, a jornada ocupacional prolongada foi considerada normal e não recebeu a devida atenção, embora tenha sido demonstrado seu efeito deletério nos resultados de saúde. Nossas descobertas sugerem que reduzir a permanência prolongada no local de trabalho e/ou aumentar o volume ou a intensidade da atividade física diária pode ser benéfico na mitigação dos riscos elevados de mortalidade por todas as causas e doenças cardiovasculares associadas à permanência ocupacional prolongada”, afirmou o principal autor do estudo, Wayne Gao, no trabalho.

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