SAÚDE
Trabalhar sentado aumenta risco de morte prematura, diz estudo
Pesquisa analisou as informações de 481.688 indivíduos por duas décadas
Por Da Redação
Uma pesquisa revelou que pessoas que passam longos períodos da jornada de trabalho sentadas correm maior risco de morte prematura. A descoberta, feita por pesquisadores da Universidade Médica de Taipei, em Taiwan, foi publicada na revista Jama Network Open, na sexta-feira, 19.
A pesquisa analisou as informações de 481.688 indivíduos por duas décadas, focando na jornada de trabalho e os hábitos para manter a saúde física. Os dados fora ajustados por sexo, idade, tabagismo, consumo de álcool e índice de massa corporal (IMC).
Ao longo das duas décadas, 26.257 pessoas registradas no estudo morreram. Entre elas, 15.045 (57%) ocupavam cargos que as faziam passar a maior parte do dia sentadas.
De acordo com os resultados, os voluntários que passavam a maior parte da jornada de trabalho sem se movimentar tinham 16% mais risco de sofrer uma morte prematura. Para o grupo que permanecia sentado por mais tempo, o número aumentou para 34% no risco de morte por doenças cardiovasculares.
Os voluntários que levavam uma rotina híbrida não apresentaram um risco de morte aumentado.
Os pesquisadores apontaram o risco de morte prematura e o desenvolvimento de doenças cardíacas pode ser compensado com 15 a 30 minutos de exercícios vigorosos por dia. Eles defenderam mudanças na rotina de trabalho para melhorar a saúde dos profissionais.
Pausas mais frequentes, mesas em pé, áreas de trabalho designadas para atividades físicas e benefícios de inscrição em academias são algumas das sugestões feitas pelos cientistas.
“Como parte do estilo de vida moderno, a jornada ocupacional prolongada foi considerada normal e não recebeu a devida atenção, embora tenha sido demonstrado seu efeito deletério nos resultados de saúde. Nossas descobertas sugerem que reduzir a permanência prolongada no local de trabalho e/ou aumentar o volume ou a intensidade da atividade física diária pode ser benéfico na mitigação dos riscos elevados de mortalidade por todas as causas e doenças cardiovasculares associadas à permanência ocupacional prolongada”, afirmou o principal autor do estudo, Wayne Gao, no trabalho.
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